Ender’s Game – O Jogo Final, escrito pelo autor de ficção científica Orson Scott Card, já foi publicado há quase trinta anos, mas só agora surge uma adaptação ao cinema, com estreia mundial marcada para o próximo dia 1 de novembro (chega a Portugal uma semana depois, a 7 de novembro). O livro acaba de ser reeditado no nosso país pela Editorial Presença, na coleção Viajantes do Tempo. Não li, mas conhecia o livro por ser um considerado um clássico da ficção-científica, mas também pela polémica que o seu texto tem gerado ao longo dos anos, dividindo opiniões relativamente à violência extrema e como ela é justificada pelo autor. Isso não impediu, no entanto, que a obra fosse premiada com o Nebula Award, em 1985, e o Hugo Award, em 1986. A história passa-se num tempo futuro, em que a humanidade se vê confrontada com um exército ameaçador de insectóides. A Terra já foi invadida por duas vezes e para evitar uma terceira guerra, crianças são treinadas desde tenra idade, através de uma série de jogos muito exigentes, com vista a se tornarem em verdadeiras máquinas militares, capazes de derrotar os insectóides. Ender Wiggin é o protagonista e revela-se, nestes jogos, «um génio entre os génios». O romance resulta de um conto com o mesmo título, escrito para uma revista, em 1977, e sofreu uma revisão em 1991, em que alguns elementos políticos foram alterados para refletir as mudanças da época, como a queda do regime soviético e do muro de Berlim. Orson escreveu mais quatro sequelas.
As críticas ao filme estão a ser em geral boas, com os críticos a destacarem um argumento sólido e boas atuações, mas a sublinharem a falta daquele elemento provocador que a obra contém.
Um livro a ler ou a reler, e um filme que certamente valerá a pena espreitar pelos amantes da ficção científica.