Nos EUA, cada escola define a sua lista de livros aprovados para leitura. Isto quer dizer que cada livro é avaliado, escrutinado e aprovado ou não por pessoas responsáveis por essa tarefa. Pode-se dizer que no processo de criação da lista, os livros passam pela censura. E há livros que são censurados. Os critérios de avaliação costumam estar relacionados com religião, droga e sexo. Há escolas e bibliotecas americanas que baniram por exemplo a série Harry Potter das suas listas de leitura por estarem associados à bruxaria. Os livros de Mark Twain também já foram banidos ou tiveram acesso restrito em algumas bibliotecas. A American Library Association até promove um evento todos os anos, a Banned Books Week, para celebrar a liberdade de ler e tentar acabar com esta censura que acontece um pouco por todo o país. E isto não acontecerá apenas nos Estados Unidos, com certeza.
É sem dúvida um tema importante e que merece uma reflexão profunda, porque muitas vezes a censura não é óbvia e passa despercebida. É claro que é preciso fazer sempre uma avaliação daqueles livros mais apropriados para certas faixas etárias, mas bani-los das prateleiras das escolas e das bibliotecas é inaceitável. Cá em Portugal, atualmente, não me parece que aconteça qualquer tipo de censura a esse nível, tendo em conta a nossa História. Se bem que, mais do que uma vez me aconteceu a editora pedir-me para trocar a palavra «rabo» por «traseiro» nos meus livros juvenis!!
Uma opinião sobre “Censura na literatura juvenil”