
Não pode haver luz, sem escuridão. Um bom livro que se debruça sobre a guerra entre o bem e o mal tem de ter, mais do que um herói com quem nos identificamos, um vilão carismático e memorável que lhe faça frente. O vilão deve ser capaz de nos fazer acreditar que pode realmente vencer o herói se este não atravessar o arco que precisa de atravessar para enfrentar o mal que está dentro dele para por fim derrotar o vilão. Existem muitos na literatura infantil e juvenil que preenchem esses requisitos e que estão entre as personagens mais vis, detestáveis, apaixonantes, arrepiantes, avarentas, enganadoras e desprezíveis que o mundo das histórias já viu. A questão que deixo aos leitores que por aqui passarem e se depararem com esta pergunta é: qual foi o autor mais bem sucedido nesta empreitada? Que vilão literário mais fez estremecer as entranhas com o receio de que derrotasse o bem, mergulhando os nossos heróis favoritos numa escuridão sem fim?