Harriet the Spy é um clássico da literatura juvenil americana, escrito por Louise Fitzhugh, e publicado pela primeira vez em 1964. Que tenha conhecimento, nunca foi editado em Portugal, o que é uma pena, pois a protagonista da história, Harriet M. Welsch, tem onze anos, vive em Nova Iorque, e é uma aspirante a escritora.
Muito atenta ao mundo onde vive, Harriet é encorajada pela ama, Ole Golly, a escrever tudo aquilo que observa. Harriet passa a espiar os amigos, os colegas e os vizinhos, anotando todas as suas observações num bloco de notas. Um dia ela perde o bloco durante um jogo, os colegas apanham-no e ficam muito zangados ao descobrirem o que ela escreveu sobre eles. Harriet vê-se de um momento para o outro sozinha e transforma-se num alvo a abater pelos colegas que se juntam para lhe fazer a vida difícil. Harriet planeia vingar-se de todos aqueles que lhe pregaram partidas, mas no processo piora ainda mais a sua situação e isso reflete-se também nas notas da escola. Como poderá Harriet redimir-se, recuperar as amizades perdidas e reencontrar-se como aspirante a escritora? A ama, que entretanto casou e saiu de casa, dá-lhe a resposta, mas não será nada fácil fazer o que ela sugere.
A obra recebeu vários prémios pela forma realista e cheia de significado com que são retratados os problemas de uma rapariga citadina da época. A autora faleceu em 1974, com cinco obras publicadas durante a vida (uma das quais a sequela de Harriet the Spy), e mais quatro postumamente.
Em 1996, Harriet the Spy foi adaptado ao cinema pela Nickelodeon. Este ano celebra 50 anos desde que foi editado.