
Não é literatura, nem novela gráfica, é banda desenhada e é relevante, tanto para crianças, como para adultos, seja em que século for. A Mafalda, de Quino, completa em 2014 cinquenta anos de existência. Quando tinha os meus dez/onze anos, descobri esta menina reguila através daqueles livros de A Minha Agenda. E quando verifiquei que os meus pais tinham a coleção completa, delirei a ler os livrinhos todos, tantas e tantas vezes, que as capas quase caíram. Hoje ainda os guardo e de vez em quando releio algumas tiras. Lembro-me tão bem de, apesar da minha tenra idade, perceber algumas referências e de me rir às gargalhadas com elas.
O mais curioso é constatar que ao fim de tantos anos não perderam a atualidade e que muitas das críticas que Quino faz através da Mafalda, nomeadamente a corrupção, a injustiça, os problemas económicos, o ambiente, continuam a fazer todo o sentido hoje em dia. Quererá isto dizer que o mundo não melhorou nem um bocadinho? Há sempre esperança.
Para saber mais sobre a Mafalda e sobre o seu criador, Quino, encontrarão informação aqui.