Cinco livros para as férias. Cinco livros para levar para a praia, para o campo, para a montanha ou para folhear em casa. Cinco livros para ler depressa ou devagar. Cinco livros para saborear!
Quero um abraço, de Simona Ciarolo, tradução de Rui Lopes
Filipe é um cacto pequenino que se sente sozinho e a precisar de um abraço, mas a sua família é indiferente e insensível aos seus sentimentos. Decide, então, procurar quem também esteja a precisar de um bom abraço e vai mesmo encontrar!
Porque todos precisamos de afecto e de abraços (até os seres que picam); porque nas férias há (ainda) mais tempo para abraçar; porque quando terminamos a leitura deste livro, cada vez que olhamos para um cacto, não vemos só os picos, também nos lembramos do Filipe e pensamos em abraços.
Inventário ilustrado das árvores, texto de Virginie Aladjidi, ilustração de Emmanuelle Tchoukriel e tradução de Ana M. Noronha
Este livro é um compêndio interdisciplinar recheado de aspectos científicos, ecológicos e simbólicos. Apresenta cinquenta e sete espécies de árvores de todo o mundo, divididas em três: folhosas, coníferas e palmeiras. Cada árvore apresenta uma ficha técnica com o seu nome comum, o nome científico, a altura, longevidade, origem da espécie, bem como outras curiosidades.
Um livro profusamente ilustrado, com imagens naturalistas e minuciosas das árvores, e das flores, dos frutos e dos animais que nelas se podem encontrar. Um livro para levarmos para a floresta ou para nos acompanhar na descoberta da variedade de árvores que vive à nossa volta e da qual pouco conhecemos.
A cozinheira do rei, de Soledad Felloza, ilustrações de Sandra de la Prada, tradução de Elisabete Ramos
A letargia do rei impedia-o de pensar na resolução dos problemas que atingiam o seu reino. Preocupados, os sábios aconselham-no a mudar de hábitos e a iniciar uma dieta alimentar. Como tal, abrem uma vaga para o lugar de cozinheiro real, à qual se candidatam inúmeros cozinheiros entre os quais uma jovem cozinheira, Alvarinha, que, ignora o facto de o edital pedir um cozinheiro masculino e prepara uma refeição que vai despertar o rei da sua tristeza. Qual será o seu segredo?
Esta é uma história de amor e de sabor. Uma história que nos faz pensar na importância de fazermos tudo com dedicação e empenho, até a comida. É também um bom pretexto para levarmos as crianças para a cozinha e ensiná-las a preparar receitas apetitosas que fazem parte das nossas memórias, de sabores e de emoções.
O Soldado João, de Luísa Ducla Soares, ilustrações de Dina Sachse
O soldado João foi parar à guerra mas não queria, nem sabia, fazer a guerra “Vinha de sachar milho, de regar cravos, de semear couves e manjericos” e tornou-se ” a vergonha dos batalhões. Trazia uma flor ao peito, punha as mãos nas algibeiras, coçava o nariz, não acertava o passo. E, para cúmulo, assobiava modinhas da sua aldeia.”
Luísa Ducla Soares escreveu este conto, sobre a guerra colonial, em 1971, para ser publicado no suplemento do Diário Popular, “Sábado Popular”, mas foi cortado pela censura e não chegou a sair com o jornal. Foi editado, no ano seguinte, pela editora Estúdios Cor, orientada por José Saramago.
Este chapéu não é meu, de Jon Klassen, tradução de Rui Lopes
Um peixe pequeno decide roubar um chapéu a um peixe enorme, que está a dormir, acreditando que este não vai dar pela falta do chapéu nem vai descobrir quem lho tirou. Pelo sim, pelo não, decide fugir para um lugar secreto, com plantas altas e pouca visibilidade, onde tem a certeza de não ser encontrado. Será?
Uma história plena de humor, de ternura, de subtilezas e de enigmas. Ao mesmo tempo que o narrador, o peixe, vai descrevendo a sua aventura, o leitor vai assistindo ao desenrolar de acontecimentos paralelos, contados pelas imagens, criando-se assim, duas histórias opostas. Ao longo do livro, ficamos imediatamente cativados pelo pequeno peixe e quando a leitura terminar e olharmos para o mar de certeza que vamos procurá-lo nos cardumes que passam à frente dos nossos olhos. Estará com o chapéu?