Category Archives: ALEXANDRA MARTINS

#16 Uma história por dia…: «Eu quero o meu papá»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Eu quero o meu papá.

Somos decididamente fãs da autora Tracey Corderoy, que nos traz sempre histórias tão doces e divertidas, com muito amor e carinho entre pais e filhos. E aqui não é diferente: para o Artur, o seu herói é o seu pai e é a ele que recorre sempre que precisa de ajuda, de apoio ou apenas de miminhos. E o pai está sempre presente, para mais uma brincadeira, para curar um dói-dói com beijinhos, para ajudar a afastar os monstros imaginários que surgem de vez em quando. Porque mãe é mãe, mas pai é pai e não há ninguém como ele!

Lá por casa, é igual. E é delicioso ler esta história ao Tiago e ele transpô-la para a sua própria vida, para a sua própria relação com o seu pai. Sem dúvida, uma excelente leitura para estreitar (ainda mais) os laços entre pais e filhos.

Eu quero o meu papá
Autor: Tracey Corderoy
Editora: Minutos de leitura

#15 Uma história por dia…: «Histórias para os 2 anos»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Histórias para os 2 anos.

O livro Histórias para os 2 anos – Histórias originais e divertidas para ler e partilhar traz-nos cinco histórias curtinhas e muito animadas, em rima, com ilustrações coloridas e narrativas que a criança de dois anos consegue facilmente acompanhar. Principalmente por, numa ótica de diversão, replicar vivências da própria criança, libertando a imaginação e dando voz à brincadeira, ao faz-de-conta, às escondidas, às brincadeiras barulhentas que eles muitas vezes gostam de ter.

Pouco maior que um A5 e de capa dura, quase almofadada, permite aos mais pequenos manusearem o livro sozinhos. Mas muito mais divertido para ler em família, quase cantando as histórias. O difícil aqui é ficarmo-nos apenas por uma história e, quando damos conta, já devorámos o livro todos e eles estão a pedir-nos mais. E nós a aceder, claro!

Histórias para os 2 anos
Autor: Melanie Joyce
Editora: Porto Editora

#14 Uma história por dia…: «Agora!»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Agora.

Estamos a passar uma fase impaciente lá em casa, em que tudo tem de ser agora e quando lhe dizemos que não, ele responde em jeito de beicinho: “Mas eu quero!”. Foi então que descobri este livro e não resisti e comprar-lho, uma vez que as crianças aprendem a compreender melhor as suas vivências, vendo-as refletidas nas histórias dos outros. E, lá por casa, foi assim. Ensinar o Tiago que não pode ter tudo já e agora, mostrando-lhe a história do Rodrigo, um menino muito impaciente e que não queria esperar por nada. Até ao dia em que a situação se virou contra ele e os pais não podiam esperar por aquilo que ele queria.

Na história, num registo leve e delicado, aliada a ilustrações deliciosas, que transmitem amor a cada página, tudo acaba bem. Mas serviu a lição ao Rodrigo: às vezes temos de esperar pelos outros, tal como queremos que eles esperem por nós. E embora a vida real não seja sempre como as histórias, acho que também serviu a lição ao Tiago.

Agora
Autor: Tracey Corderoy
Editora: Minutos de leitura

As escolhas de Natal de… Alexandra Martins

O Diário de Anne Frank – Diário Gráfico, de Ari Folman, David Polonsky e Anne Frank, Porto Editora

«”12 de junho de 1942: Espero poder confiar-te tudo, como nunca pude confiar em ninguém, e espero que venhas a ser uma grande fonte de conforto e apoio.”

No verão de 1942, com a ocupação nazi da Holanda, Anne Frank e a família são forçados a esconder-se. Durante dois longos anos, vivem com um grupo de outros judeus num pequeno anexo secreto em Amesterdão, temendo diariamente ser descobertos. Anne tinha treze anos quando entrou para o anexo e levou com ela um diário que manteve no decorrer de todo este período, anotando os seus pensamentos mais íntimos, os seus receios e esperanças, e dando conta do dia a dia da vida em reclusão. Em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial — a que Anne não sobreviveria —, o seu pai publicou este diário, um documento inspirador que é ainda hoje um dos livros mais acarinhados em todo o mundo e uma obra marcante na história do século xx.

Lançada mundialmente em celebração do 70.º aniversário de O Diário de Anne Frank, esta é a sua primeira adaptação para banda desenhada, realizada com a autorização da família e tendo por base os textos originais do diário.»

Todos conhecemos a história de Anne Frank. Mas, este ano, os mais novos (e mais velhos também, que é um livro para todas as idades), vão poder acompanhá-la de uma forma diferente, mais direta e imediata, aliando as imagens desta novela gráfica ao texto que durante décadas tem marcado presença na nossa memória. Fiel à história original, com ilustrações vivas e dinâmicas, que nos permitem ter imediatamente um reconhecimento visual da história, permitindo que as camadas mais jovens da população consigam ter uma experiência mais profunda, ainda que sempre otimista, como era a própria Anne, desta história que, mais do trágica, é tão real. Vale a pena ler pela primeira vez ou então reler, vezes sem conta. E nunca esquecer.

O ódio que semeias, de Angie Thomas, Editorial Presença

«Starr tem 16 anos e move-se entre dois mundos: o seu bairro periférico e problemático, habitado por negros como ela, e a escola que frequenta numa elegante zona residencial de brancos.
O frágil equilíbrio entre estas duas realidades é quebrado quando Starr se torna a única testemunha do disparo fatal de um polícia contra Khalil, o seu melhor amigo.
A partir daí, pairam sobre Starr ameaças de morte: tudo o que ela disser acerca do crime que presenciou pode ser usado a seu favor por uns, mas sobretudo como arma por outros.
Um poderoso romance juvenil, inspirado pelo movimento Black Lives Matter e pela luta contra a discriminação e a violência.»

Continuamos na saga de leituras fortes e que que são mais do que palavras em folhas de papel. No entanto, é impossível não recomendar este livro que, sendo a obra de estreia desta autora, ganhou em duas categorias dos Goodreads Choice Awards de 2017 (Melhor livro de ficção Young-Adult e Melhor autor estreante no Goodreads). Uma leitura extremamente atual, que nos alerta para as questões raciais que vivemos ainda nos dias de hoje e nos pinta cenários que, por mais que gostássemos de pensar que são apenas ficção, são fiéis retratos da realidade.

“Um romance brilhante, impressionante e implacável que ficará para a história como um clássico moderno”, nas palavras de John Green.

Mil vezes adeus, de John Green, Edições Asa

«Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e, no entanto, tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido.
Mas Aza debate-se também com as suas batalhas interiores. Por mais que tente ser uma boa filha, amiga, aluna, e quiçá detetive, tem de lidar diariamente com as suas penosas e asfixiantes «espirais de pensamentos». Como pode ser uma boa amiga se está constantemente a pôr entraves às aventuras que lhe surgem no caminho? Como pode ser uma boa filha se é incapaz de exprimir o que sente à mãe? Como pode ser uma boa namorada se, em vez de desfrutar de um beijo, só consegue pensar nos milhões de bactérias que as suas bocas partilham?
Neste tão aguardado regresso, John Green, autor premiado de A Culpa É Das Estrelas e À Procura de Alaska conta, com dolorosa intensidade, a história de Aza, numa tentativa de partilhar connosco os dramas da doença que o afeta desde a infância. O resultado é um romance brilhante sobre o amor, a resiliência, e o poder da amizade.»

E por falar em John Green, claro que o novo livro dele teria de constar desta lista. Mundialmente esperado, este livro leva-nos diretamente para a cabeça da jovem Aza e para todos os pensamentos que por lá pairam – comportamentos obsessivos-compulsivos, ansiedade, inseguranças… Que o autor capta de forma formidável, revelando-nos uma história profunda e que vai para além da narrativa. No entanto, aqui, as opiniões dividem-se um pouco e se, por um lado, temos o New York Times a dizer que se trata da melhor obra de John Green, por outro, alguns dos seus leitores não se sentiram tão ligados a este livro, sentindo que a história para lá a mente de Aza é algo previsível e, até, enfadonha. Nada como lermos por nós para tirar quaisquer dúvidas, enquanto apreciamos o toque de mestria com que John Green aborda o tema da saúde mental sem vitimizar a heroína da sua história.

O urso e o piano, de David Litchfield, Booksmile

«Um dia, um ursinho encontra na floresta uma coisa estranha…

É grande, parece uma caixa e tem teclas que fazem PLONC!

A partir do momento em que descobre que a coisa estranha produz sons magníficos, ele embarca numa viagem que o leva para longe de casa.

Num piscar de olhos, o urso vai parar a uma terra nova e maravilhosa, onde o ar está repleto de belos sons e onde a fama lhe abre os braços. No entanto, apesar do sucesso alcançado, ele sente falta do que deixou para trás…»

Uma história deliciosa sobre a família, o amor e a importância que eles têm quando partimos em buscar dos nossos sonhos. Este livro dá-nos a conhecer a aventura do pequeno urso que descobriu um piano e embarcou numa aventura que o levou para outras paisagens. Mas quando as saudades apertam, o urso terá de fazer algumas escolhas difíceis, percebendo o que é verdadeiramente importante para si. Ilustrado com muita mestria pelo próprio autor, que mistura as ilustrações e o texto num equilíbrio perfeito para captar a essência da história e inundar-nos com emoções, é um conto que tanto agradará a miúdos como a graúdos e é o presente ideal para oferecer nesta festa que é a da família.

A tartaruga Celeste e o menino que chorava música, de Sofia Fraga, ilustrações de Paulo Galindro, Minotauro

«De tempos a tempos, uma estrela cai do céu e vem cair na Terra; de tempos a tempos, uma tartaruga vem ao mundo sem a casa às costas e, de tempos a tempos, nasce uma criança que em vez de chorar canta. Tudo isto de tempos a tempos, mas e se, como que comandados por uma mão invisível, todos estes improváveis acontecessem exactamente à mesma hora, no mesmo minuto, ao bater da última badalada do relógio… ora aí estaria uma história que mereceria ser contada!»

E por falar em livros mágicos e imperdíveis, terminamos esta ronda de sugestões com uma história belíssima, cheia de amor e de ternura em cada palavra e em cada traço da ilustração. Esta é a história da tartaruga Celeste, que nasceu sem carapaça, e do Pedro, o menino que chorava música. Nascidos na mesma noite, diferentes de todos os outros desde sempre e únicos à sua maneira, o destino da Celeste e do Pedro é encontrarem-se e tornarem-se amigos improváveis, neste mundo que olha com estranheza os casos insólitos da vida. Uma história de amizade, amor-próprio e aceitação, que cativará a família inteira.

#13 Uma história por dia…: «Um Dia»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Um dia.

Este é um livro mágico, mais emocionante para nós, mães e pais, do que propriamente para os nossos pequeninos. Com frases curtas e ilustrações sonhadoras, é o testemunho de uma mãe e dos seus desejos para a sua filha bebé. “Um dia contei os teus dedinhos e beijei-os um por um”, assim começa este relato, este rol de desejos e de sonhos que se vertem nestas páginas e que nos fazem sonhar, desde que os nossos filhos são pequeninos e precisam tanto de nós, à medida que vão crescendo, explorando, descobrindo a vida, tornando-se mães e pais por conta própria, envelhecendo… é o ciclo da vida, são os desejos que queremos para os nossos bebés. Um livro que fala da vida, do amor e do tempo que passa…

Apesar de ser um livro mais para nós do que para eles, o Tiago gostou, acompanhou as cenas uma a uma: cenas que ele conhece, da nossa rotina de mãe e filho, cenas que vê no dia a dia e cenas que desconhece da vida adulta, da velhice, mas que se tornam harmoniosas no conjunto e transmitem a calma e a paz que nos chega com este livro. Um dia, ele irá compreender, tal como a filha da história. Um dia.

Um dia
Autor: Alison Mcghee e Peter H. Reynolds
Editora: Editorial Presença

#12 «Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia…»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Canções e Histórias de Embalar.

Na verdade, este é um dos livros prediletos do pequeno, por isso lemos estas histórias muitas, muitas vezes. É um livro de capa almofadada, com uma dimensão quadrada e grande e de folha fina que tem 12 histórias intercaladas com 10 canções (as letras das canções estão no livro, as músicas vêm num CD). As histórias são muito engraçadas e interessantes, embora ainda um pouco complexas de mais para uma criança de dois anos. Mas são histórias que os pais facilmente conseguem simplificar e que, aliadas a ilustrações muito bonitas e adequadas à faixa etária, fazem com que os miúdos fiquem presos à narrativa. As músicas são quase todas originais, de ritmo calmo e tranquilo, mas deliciosas para cantar em família.

Um livro muito completo, que permite bons momentos entre pais e filhos, com histórias deliciosas e sempre com uma conclusão simples e ora profunda, ora engraçada. O único problema é quando o nosso filho gosta tanto do livro que nos pede para ler as 12 histórias e as 10 canções antes de ir para a cama. E quando chega ao fim, ainda diz: “outra vez!”

Canções e Histórias de Embalar
Editora: Edições Convite à Música

#11 «Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia…»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, brincámos com o livro Vamos brincar com os animais marinhos.

E digo brincar em vez de ler, porque este livro é composto por 12 páginas cartonadas onde encontramos os diferentes animais partidos em várias peças que, quando montadas, formam um puzzle 3D. Nas duas últimas páginas do livro, temos um cenário (neste caso do fundo do mar) onde podemos brincar com os animais que construímos.

O Tiago adora este livro, pegar nas peças, montar e desmontar, fazer o tubarão nadar pelo ar ou fingir que se pica nas pinças do caranguejo. Quando nos ofereceram, ele ainda não tinha destreza para montar os puzzles sozinho e ainda hoje volta e meia troca as pernas do polvo, mas é muito giro ver o crescimento dele e das suas capacidades motoras cujo desenvolvimento é potenciado por estes livros didáticos. A acompanhar cada animal, um texto curtinho sobre o mesmo, com curiosidades engraçadas.

Um livro que é mais do que isso, é quase um jogo que parte do gosto pela leitura, promove o desenvolvimento da motricidade fina e dá largas à imaginação dos mais pequenos, em mil histórias criadas com os animais construídos. Esta mãe anda a namorar o resto da coleção!

Vamos brincar com os animais marinhos
Editora: Europrice

#10 «Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia…»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos os livros da coleção Quem conta um conto.

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Estes livros têm tanto de invulgar como de encantador, cada qual contendo 20 histórias de encantar dos tempos modernos: dois joelhos apaixonados, uma ponte que espirra, um botão que gosta de dançar ou uma bruxa maravilhosa… Contos profundos, contos divertidos, contos loucos que fazem pouco sentido.

Para uma criança pequena como o Tiago, ainda não consegue acompanhar a história do princípio ao fim, mas percebe o essencial, ri-se dos absurdos, faz perguntas sobre as ideias mais mirabolantes que não compreende, delicia-se com as ilustrações lindíssimas da Raquel Pinheiro e deixa-se encantar pela cadência mágica das palavras.

É uma coleção para meninos mais crescidos, ali a partir dos cinco aninhos, talvez, mas que nos pode acompanhar desde mais cedo, principalmente quando eles se apaixonam pelos desenhos e nos pedem para repetir alguns dos contos de todas as vezes que pegamos no livro. Uma boa aposta de livros para depois os acompanhar na leitura independente.

Coleção Quem Conta um Conto

Autor: Alexandre Honrado
Editora: Raiz Editora

#9 «Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia…»

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Pedro é um Super-Herói.

Pedro-e-um-Super-Heroi

O Pedro e um amigo, mascarados com os seus fatos de super-heróis, sentem-se verdadeiramente imbatíveis e vão à procura de aventuras, mas o verdadeiro teste surge quando têm de salvar a mãe do Pedro de algo que a assustou. Onde é que se encontra o monstro? E será que é mesmo monstruoso?

Numa altura em que o Tiago já acha piada a super-heróis e aos poderes que estes têm, este livro encaixa na perfeição, com uma história divertida e cheia de aventuras, mas ainda assim adequada aos mais pequenos, sem vestígios de violência mas com muito humor e uma conclusão surpreendente, que vai fazer rir pais e miúdos por igual.

Pedro é um Super-Herói
Autor: Seda Darcan Çiftçi
Editora: Zero a oito

#8 «Uma história por dia, nem sabe o bem que lhe fazia…»

por Alexandra Martins

Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Até os piratas fazem cocó!

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Nesta fase dos dois anos, chegamos impreterivelmente à fase do desfralde e aqui a mãe acha que é sempre mais fácil se dermos exemplos semelhantes – mesmo que depois a coisa não funcione ainda na prática, pelo menos a teoria fica lá. Nada melhor do que dar exemplos através de histórias, melhor ainda se forem divertidas e engraçadas.

E é o que esta história é – afinal, o pirata Pipo, antes de aprender a usar o bacio, passa por uma série de peripécias no mínimo peculiares. E mesmo que toda a família lhe diga «não te preocupes e sorri, até os piratas fazem cocó e xixi», ainda pode levar algum tempo até o Pipo ser bem-sucedido.

Um livro com um formato diferente (em formato de bacio visto de cima), com abas largas para promover a curiosidade e a interação, cores ricas e vibrantes e uma história toda em verso, quase cantada, que ganha assim um ritmo fluido e perfeito para ler em voz alta aos nossos filhos.

Até os piratas fazem cocó!
Autor: Sarah Creese
Editora: Zero a oito