Hoje as sugestões são para crianças entre os 6 e os 9 anos.
O Coala Que Foi Capaz, Rachel Bright e Jim Field, Editorial Presença
«O Kevin é um coala que gosta de manter tudo na mesma, exatamente na mesma.Mas quando um dia a mudança surge sem ser convidada, o Kevin descobre que a vida pode estar cheia de novidades e ser maravilhosa! Dos criadores de O Leão Que Temos Cá Dentro, esta é uma história bem engraçada para quem acha que a mudança é um bocadinho preocupante.»
Viva a Natureza! A Água, Booksmile
«A água cobre a maior parte do nosso planeta e é essencial à vida. Porque é a água tão especial? Explora… como a água dá forma ao nosso planeta e como a usamos no dia a dia. Investiga… a água e o tempo, fazendo experiências divertidas, como criar uma nuvem dentro de um frasco. Cria… um pequeno lago no teu jardim para albergares alguns animais. A coleção Viva a Natureza! incentiva as crianças a interagir com a natureza e a descobrir o mundo à sua volta. Atividades muito acessíveis, que permitem uma aprendizagem prática dos conceitos apresentados. Ilustrações simples e criativas, com explicações muito claras sobre os diferentes temas.»
Uma Família de Portas, Margarida Louro e Joana Gonçalves, Livros Horizonte
«A família de portas habitava numa casa grande e antiga situada mesmo no centro da cidade. Um dia, começou a correr pela casa um burburinho de que os donos queriam fazer obras muito grandes de remodelação e então as portas começaram a entrar em pânico: Iriam ser substituídas? Este livro tem o grande objetivo de interagir com grupos de crianças e jovens, levando a temática da arquitetura, do urbanismo e do design a diversas idades e realidades. No livro, aproveitando o tema da reabilitação de edifícios, abordam-se os conceitos da Arquitetura e do papel do arquiteto na construção da sociedade atual.»
Sofia Fraga nasceu em Lisboa, em agosto de 1981. Trabalha no mundo editorial há mais de dez anos e, em 2016, lançou-se como autora de histórias para crianças, concorrendo com o conto infantil O Sapo Edgar, O Melro-Poeta e A Mosca Zé-Zé ao Prémio Matilde Rosa Araújo, iniciativa da Câmara Municipal da Trofa e do Instituto Camões, tendo sido galardoada com o Prémio Lusofonia. Em 2017, publicou o seu primeiro livro, A tartaruga Celeste e o menino que chorava música, pela editora Minotauro.
Quem conhece a Sofia, sabe que ela é enérgica e
despachada. Sabe também que ela trabalha com palavras, mas a essas não as despacha,
tendo com elas um cuidado e um carinho que se transmitem nas páginas dos seus
livros.
No dia em que a sua segunda obra chega às livrarias,
fomos conhecer um pouco melhor a Sofia.
Neste momento em que estás a lançar o teu segundo livro, comecemos pelo princípio. Quando nasceu em ti a vontade de escrever histórias para crianças?
Adorava dizer-te que sempre tive o
sonho de escrever para crianças, ou que sempre julguei ter talento para isso,
mas a verdade é que esse desejo só surgiu quando o Pedro fez dois anos e lhe
comecei a ler algumas histórias à noite. Reparei que ele gostava imenso e senti
necessidade de inventar umas historietas. A imaginação alimenta-se a si própria
e, quando dei por mim, estava a escrevinhar umas ideias no papel.
Foi nessa altura que concorreste ao Prémio Matilde Rosa Araújo com o conto O Sapo Edgar, o Melro-Poeta e a Mosca Zé-Zé, com o qual ganhaste o Prémio Lusofonia? Qual a sensação de receber tal distinção?
Foi um momento extremamente importante,
de viragem até, porque concorria com pseudónimo e iria ter uma avaliação idónea
por parte de um júri habituado à área infantil. Não é o mesmo que mostrar os
nossos textos a pessoas que gostam de nós e cuja apreciação pode ser
condicionada pelos afetos.
E como é que o conto O Sapo Edgar, o Melro-Poeta e a Mosca Zé-Zé evolui para este livro que agora publicas, Julião, o Melro-Poeta?
Mexi apenas numas frases que achei mais
rebuscadas e mudei-lhe o título. Tive alguma dificuldade em encontrar o título
perfeito.
Queres falar-nos umbocadinho desta obra e deste trio improvável de amigos?
A ideia central do conto era a perseverança, e estas três
personagens nunca desistem dos seus sonhos. Acho que foi por isso que os
juntei. Três animais de espécies distintas e diferentes dos da sua raça. O
melro Julião quer ser poeta (e vai sê-lo, à sua maneira), o sapo Edgar acha que
é um príncipe e nada o demove, a mosca Zé-Zé, descendente das tsé-tsé, cai a
dormir de meia em meia hora e sonha poder picar alguém na vida e também ela não
desiste.
As tuas obras dão sempre muita relevância à amizade, ao respeito pelas diferenças e à importância de nos aceitarmos e amarmos como somos. Sentes que esses são os valores que a literatura pode ajudar a incutir nas crianças?
Acima de tudo, e porque em primeiro lugar escrevo para os
meus dois filhos, são esses os valores que gostaria de lhes incutir a eles. E
acho que sim, que a literatura, como todas as outras formas de arte, ajudam a
divulgar valores, sobretudo se também houver um esforço dos pais no sentido de
os ajudar a interpretá-los.
Um livro infantil vive tanto de palavras como de imagens e ilustrações. Como foi trabalhar com o Helder T. Peleja nesta aventura?
Concordo a cem por cento. Aliás, acho
que o impacto visual é mais importante até do que o texto. Porque se as
ilustrações não forem apelativas ninguém compra o livro. Na área infantil, e
nos tempos que correm, o texto vem depois. Adorei trabalhar com o Helder. Ele
percebeu as personagens na perfeição e deu-lhes o seu cunho pessoal. Não podia
ter escolhido melhor ilustrador para esta aventura.
A tua obra, A tartaruga Celeste e o menino que chorava música, publicada no ano passado, foi a primeira obra de autoria portuguesa a ser publicada pela Minotauro. Lembras-te do primeiro momento em que viste o teu livro nas montras das livrarias? Qual a sensação?
Foi uma sensação única. Seria de
esperar que, trabalhando eu na área e habituada a ver os livros a chegarem-nos
da gráfica em primeira mão, não estivesse tão ansiosa por ver o meu, mas não.
Quando a Sara Lutas, a minha editora, me enviou os meus exemplares, foi
incrível. E depois vê-lo nas livrarias, sem palavras… Melhor do que isso só
quando vejo fotos dos mais novos a ler o meu livro…
Como é o teu processo de criação artística? Trabalhar no mundo editorial ajuda-te de alguma forma?
Estes dois primeiros livros escrevi-os
de rajada. Todos os momentos livres passava-os no café a escrever. Entretanto,
já tenho outro conto, mas o processo de criação foi diferente, os conceitos
talvez mais estudados. Trabalhar no meio editorial é sem dúvida uma mais-valia.
Primeiro, porque leio todos os dias, quase sem exceção, depois porque leio bons
autores, com os quais aprendo imenso.
O que gostarias de dizer às crianças que começam agora a ler os teus livros?
Que espero que gostem! Que sejam uma porta para outros
livros.
E, como mãe de dois filhos pequenos, que conselhos darias aos pais na relação dos seus filhos com a literatura?
Para começarem cedo. As crianças têm
uma imaginação fértil, mas ela tem de ser trabalhada. Quanto mais cedo lhes
derem a ler, mais eles gostarão de ler. E igualmente importante é encontrarem
um livro de que eles gostem, porque as leituras se vão aprofundando com o
tempo.
Queres convidar os nossos leitores a irem ao lançamento do Julião, o Melro-Poeta?
Sim! Adoraria que aparecessem para conhecer este trio e eu vos conhecer. Muito obrigada!
Eis a história do Julião, um melro que quer ser poeta. Todos o acham trapalhão e há quem diga que é pateta.
Três amigos improváveis viajam juntos na floresta: uma mosca que cai redonda a dormir a cada passo, um melro que mais do que tudo quer ser poeta e um sapo convencido de que é realeza. Dirigem-se para um concurso, mas é a própria viagem a verdadeira descoberta.
Lançamento
dia 13 de novembro, às 18h30, na Livraria Almedina Atrium Saldanha.
Womack, que tem publicado em Portugal «O outro livro», pela Editorial Estampa, escreveu um artigo para o jornal online The Independent, enumerando 30 livros infantis que diz que, independentemente da época em que foram publicados, «podem ser lidos e apreciados pelas crianças de hoje tanto quanto foram pelas crianças do passado». No entanto, Womack salvaguarda que «não existe espaço nesta lista para tudo», tendo deixado de fora muitas obras suas favoritas, entre outras.
O escritor e jornalista britânico Phillip Womack, autor de livros de fantasia para jovens, partilhou recentemente aquela que considera ser a lista dos melhores livros infantis, entre «os clássicos que já conhecemos e as pérolas escondidas que merecem mais atenção».
Aproveitando a filosofia de Womack, que afirma que esta lista não é definitiva e deve antes ser vista como uma espécie de guia para voltar a encontrar «a magia e o encanto» dos livros infantis, pegamos na mesma e partilhamos convosco os livros seleccionados por Womack e que têm edições por terras portuguesas:
A História de Pedrito Coelho, de Beatrix Potter (Porto Editora, 2018)
Pedrito é um coelho traquinas que mora num bosque, com os seus irmãos e a mãe. Um dia, a mãe tem de sair e recomenda-lhes que fiquem em casa. Pedrito, desobediente, resolve fazer uma visita à horta do Sr.Gregório, que por pouco não lhe custa a vida.
Como Treinares o Teu Dragão, de Cressida Cowel (Bertrand Editora, 2013)
Esta é a história de um jovem Viking, Hiccup Hadoque Horrendo III, passada num tempo em que existiam dragões e durante o qual ele se tornou herói da maneira mais difícil. É importante que a leiam porque «ainda pode haver um dia em que os Heróis voltem a ser precisos. Ainda pode haver um dia em que os dragões regressem» e «quando esse dia chegar, os homens vão precisar de saber como os treinar e como os derrotar». Uma história apaixonante que já foi passada ao cinema pelo estúdio que criou o Shrek e Madagáscar e que já tem marcadas para o futuro novas aventuras com o Hiccup.
A Árvore das Mentiras, de Frances Hardinge (Editorial Presença, 2017)
Vencedor do Prémio Costa para melhor livro do ano 2015.
As folhas
eram frias e ligeiramente pegajosas. Não havia engano possível: Faith tinha-as
visto meticulosamente reproduzidas no diário do pai. Estava diante da árvore
das mentiras, que fora o maior segredo do reverendo, que fora o seu tesouro e a
sua maldição. E agora a planta era dela, e a viagem que o pai não chegara a
fazer poderia ser feita pela filha. Quando o pai de Faith morre, em
circunstâncias misteriosas, ela decide investigar, para descobrir a verdade que
se esconde por trás das mentiras. Procurando pistas entre os seus pertences,
descobre uma estranha árvore, que se alimenta de mentiras sussurradas e dá um
fruto que revela segredos ocultos. Mas, quando perde o controlo das falsidades
que põe a circular, Faith percebe que, se a mentira seduz, a verdade estilhaça.
Artemis Fowl, de Eoin Colfer (Vogais, 2012)
Artemis Fowl, com apenas 12 anos, é o maior génio criminoso de sempre, responsável por todos os grandes golpes da década.
Neste livro
recheado de enigmas, reviravoltas inesperadas e muita ação, Artemis Fowl tem
uma missão a cumprir: recuperar a fortuna da família. Este é o primeiro
contacto do jovem com o povo do subsolo, onde vivem perigosas fadas armadas até
aos dentes e com tecnologia de ponta, centauros, trolls monstruosos e anões mentirosos.
N.º 1 de uma
coleção que já vendeu mais de 20 milhões de livros em todo o mundo.
A saga Harry Potter,
de J.K. Rowling (Editorial Presença, 2002)
Harry Potter não é um herói habitual. É apenas um miúdo magricela, míope e desajeitado com uma estranha cicatriz na testa. Estranha, de facto, porque afinal encerra misteriosos poderes que o distinguem do cinzento mundo dos muggles (os complicados humanos) e que irá fazer dele uma criança especialmente dotada para o universo da magia.
Admitido na
escola de Hogwarts onde se formam os mais famosos feiticeiros do mundo, Harry
Potter irá viver todas as aventuras que a sua imaginação lhe irá proporcionar.
Harry Potter e a Pedra Filosofal é o primeiro livro de uma saga mágica,
divertida, cheia de surpresas e perigos de arrepiar, que cresce com os seus
protagonistas.
Tom e o Jardim da Meia-Noite, de Philippa Pearce (Relógio d’Água, 2010)
Quando Tom tem de ir passar o Verão a casa dos tios, resigna-se a semanas intermináveis de aborrecimento. Acordado na cama, ouve o relógio do avô na entrada. Onze… Doze… Treze… Treze! Tom corre pelas escadas abaixo e encontra ao sair pela porta das traseiras um maravilhoso jardim. Um jardim que todos dizem que não existe. O jardim da meia-noite está cheio de magia e aventuras e crianças. Serão fantasmas? Ou será Tom o fantasma?
O Feiticeiro e a Sombra,de Ursula K. Le Guin (Editorial Presença, 2003)
Numa terra longínqua chamada Terramar vive o maiorde todos os arquimagos. O seu nome é Gued, mas há muito tempo atrás, ele era um jovem chamado Gavião, um ser estranho, irrequieto e sedento de poder e sabedoria, que se tornou aprendiz de feiticeiro. Neste livro conta-se a história da sua iniciação no mundo da magia e dos desafios que teve que superar depois de ter profanado antigos segredos e libertado uma negra e pérfida sombra sobre o mundo. Aprendeu a usar as palavras que libertavam poder mágico, domou um dragão de tempos imemoriais e teve de atravessar perigos de morte para manter o equilíbrio de Terramar. No meio de um suspense quase insustentável, de encontros místicos, de amizades inquebráveis, de sábios poderosos e de forças tenebrosas do reino das trevas e da morte, Gued não pode vacilar, qualquer fraqueza sua fará perigar o equilíbrio que sustenta o mundo… e a sombra maléfica que ele libertou, gélida e silenciosa, só está à espera desse momento para devastar, com as suas asas negras, o mundo inteiro.
O Ciclo de Terramar é uma admirável tetralogia, por muitos comparada a
clássicos como Nárnia de C.S. Lewis
ou O Senhor dos Anéis de J.R.R.
Tolkien. Esta magnífica saga, que se tornou numa obra de referência no
vastíssimo percurso literário desta escritora norte-americana, tem início com O Feiticeiro e a Sombra. O universo de
Terramar, simultaneamente tão semelhante e diferente do nosso, é, sem dúvida,
uma das maiores criações da literatura fantástica, e o poder misterioso e
mágico que emana da narrativa, a sensibilidade que ilumina os momentos de
profunda sabedoria, a intensidade das personagens, o estilo elegante e
cristalino conquistam-nos de imediato e rapidamente nos arrebata para os
meandros dos seus reinos imaginários.
A História de Ferdinando, de Munro Leaf (Kalandraka, 2016)
Era uma vez,em Espanha… um pequeno touro que se chamava Ferdinando. Todos os touros da mesma idade gostavam de correr e saltar e dar marradas uns aos outros. Todos menos Ferdinando. Do que ele gostava era de estar sossegado, a cheirar as flores…». A História de Ferdinando é uma alegoria pacifista e antibélica que conta com mais de 60 traduções. A Kalandraka recupera agora a primeira versão a preto e branco deste clássico, ainda tão atual, mas que já data de 1936.
O lirismo da
prosa, a linguagem próxima da infância e um humor muito subtil são algumas das
qualidades deste texto com que Munro Leaf questiona as touradas e rejeita a
violência, para além de apoiar a liberdade individual e o respeito pela
diferença. Ilustrado por Robert Lawson, este álbum foi selecionado pela
Internationale Jugend Bibliothek com um dos 10 clássicos em prol da paz e da
tolerância.
Onde Vivem os Monstros,de Maurice Sendak (Kalandraka, 2009)
Na noite em que Max vestiu o seu fato de lobo e começou a fazer travessuras a torto e a direito, a mãe chamou-lhe – Monstro!
E Max
respondeu-lhe: – Vou-te Comer!
Então ela
mandou-o para a cama sem jantar. Naquela mesma noite, no quarto de Max surgiu
uma floresta que cresceu….
Esta obra,
publicada pela primeira vez em 1963, suscitou certa polémica pelo tratamento
nada exemplar para com as crianças, mas tornou-se num clássico da Literatura
infantil e juvenil e num referente imprescindível do seu género. Não só obteve
a Medalha Caldecott (1964) e o American Book Award, como também foi eleito pelo
‘The New York Times Book Review’ como um dos melhores livros ilustrados; desde
então foi traduzido em inúmeras línguas e tornou-se num dos títulos mais lidos.
Max empreende
uma viagem simbólica a partir daí até um lugar fantástico, atravessando um
tempo mítico e enfrentando os seus próprios medos. Depois de se tornar no rei
de uns monstros tão ferozes como insinuantes, regressa ao ponto de partida,
onde o aguarda o jantar. Uma viagem de ida e volta, pelo tempo e pelo espaço,
da realidade à ficção, sem que nada nem ninguém explique se essa metamorfose
foi produto de um sonho ou de uma fantasia. Um paradigma do álbum ilustrado
pela perfeita conjugação entre palavra e imagem; uma história poética e
singela, narrada com humor, com total economia expressiva e absoluta harmonia
entre texto e imagem.
Matilda, de Roadl Dahl (Oficina do Livro, 2017)
O pai da Matilda acha que a filha não é mais do que uma crosta.
A mãe passa o
tempo a jogar bingo e a ver televisão.
A stôra Docemel é a única que vê o
potencial da menina.
A Sra.
Partetudo, diretora da Escola Tiraniza, julga todos os alunos burros e fecha-os
dentro da Pildra.
E a Matilda…
é uma menina dotada de uma grande inteligência, que se cansou do comportamento
idiota dos adultos e vai ensinar-lhes uma grande lição!
O Livro da Selva, de Rudyard Kipling (Livros do Brasil, 2017)
Abandonada pelos pais no interior da selva indiana, uma criança morena e nua, ainda a dar os primeiros passos, é encontrada por uma alcateia – e logo esta se torna a sua alcateia. Mowgli, assim lhe chama a Mãe Loba, tornar-se-ia um dos seus lobitos e em breve aprenderia a conhecer todos os sussurros da erva, todo o sopro tépido da noite, todo o pio de mocho ou som de peixe no charco. O sábio urso Baloo e a pantera negra Bagheera, a poderosa jiboia Kaa e o ameaçador tigre Shere Khan são alguns dos fascinantes habitantes do mundo de perigos e deslumbramento, de excitação e de medos, de coragem e de amizade onde Mowgli irá crescer. Publicadas originalmente em revistas, estas inesquecíveis aventuras foram compiladas pela primeira vez em livro em 1894, numa edição que contou com ilustrações originais concebidas pelo pai do autor e que recuperamos nesta nova edição. Diversas vezes adaptado ao cinema O Livro da Selva é uma obra-prima da literatura juvenil, adotado pelo Escutismo como livro de referência e acarinhado por crianças e adultos de todo o mundo.
O Rei que Foi e Um Dia Será, de T.H. White (Publicações Europa-América, 1989)
Esta é aobra-prima da literatura que reconta o mito arturiano e que foi adaptada ao cinema por Walt Disney. A história decorre no país encantado de Gramarye, a Inglaterra feudal de domínio normando, e segue a lenda do rei Artur, dos cavaleiros da Távola Redonda, da demanda do Santo Graal e da mística espada Excalibur. É considerada pelos especialistas a obra que veio modernizar o mito do rei Artur e renovar o interesse do público por este tema.
O Vento nos Salgueiros, de Kenneth Grahame (Relógio d’Água, 2017)
Um dos mais importantes e populares clássicos de todos os tempos, O Vento nos Salgueiros de Kenneth Grahame tem vindo a atrair, com o passar dos tempos, um crescente número de leitores. O Rato Almiscarado, o Senhor Toupeira, o Texugo e o incrível Senhor Sapo são personagens inesquecíveis que com as suas aventuras encantam gerações sucessivas de crianças. Mas O Vento nos Salgueiros não é apenas isso… é também a história que todos os filhos gostariam de ver contada aos seus pais.
O Hobbit, de JRR Tolkien (Publicações Europa-América, 2001)
O Hobbit é a história das aventuras de um grupo de anões que vão à procura de um tesouro guardado por um terrível dragão.
São
relutantemente acompanhados por Bilbo Baggins, um hobbit apreciador
do conforto e vida calma. Encontros com elfos, gnomos e aranhas gigantes,
conversas com o dragão, Smaug, o Magnífico, e a presença involuntária na
Batalha dos Cinco Exércitos são algumas das experiências por que Bilbo
passará. O Hobbit é não só
uma história maravilhosa como o prelúdio a O Senhor dos Anéis.
Os Reinos do Norte, de Philip Pullman (Editorial Presença, 2018)
Mundos Paralelos é uma trilogia mágica e poderosa, com aventuras, imaginação e mistério, Philip Pullman tem sido comparado a C.S. Lewis, Tolkien ou Lewis Carroll, e recebeu diversos prémios literários, como a Carnegie Medal, o Guardian Children’s Fiction Prize, o Whitbread Book of the Year, o Smarties Prize, o Astrid Lindgren Memorial Award, pelo conjunto da sua obra. Em Os Reinos do Norte, Lyra, a protagonista, é uma menina de onze anos sempre acompanhada pelo seu génio, Pantalaimon. É com ele que empreende uma perigosa viagem às vastidões longínquas do Norte, para tentar desvendar os seus mistérios…
Mas a
realidade revela-se assustadora… Lyra conhece criaturas fantásticas,
feiticeiras que cruzam os céus gélidos, espectros fatais e ursos blindados,
numa luta terrífica entre a vida e a morte, o bem e o mal, a sobrevivência ou a
aniquilação do mundo… Traduzida em mais de 40 línguas, esta trilogia
ultrapassou já os 18 milhões de exemplares vendidos em todo o mundo, tendo uma
adaptação ao cinema, sob o título A
Bússola Dourada, com Nicole Kidman e Daniel Craig nos principais papéis.
As Crónicas de Nárnia, de C.S. Lewis (Editorial Presença, 2003)
Este clássico de literatura infantil escrito em 1955 por C.S. Lewis e ilustrado por Pauline Baynes é o primeiro de sete volumes que compõem As Crónicas de Nárnia e que dão início a uma nova coleção da Presença com o mesmo nome. Neste livro, Digory e Polly conhecem-se e tornam-se amigos num frio e chuvoso Verão em Londres. Os dois irão viver fantásticas aventuras quando o maléfico tio de Digory, Andrew, que pensa ser um mágico, os manda repentinamente para outro mundo. Acabam por encontrar o caminho para Nárnia, um mundo encantado repleto de um sol radiante, de flores e árvores que crescem miraculosamente e de animais falantes, criado através da canção de Leão… Uma história inesquecível, que nos mostra como começou o gloriosonascimento de Nárnia. Uma obra que vai apaixonar miúdos e graúdos, amplamente conhecida do público em geral.
O Caminho do Peregrino, de John Bunyan (Alma dos Livros, 2017)
O Caminho do Peregrino é considerado, depois da Bíblia, o livro mais vendido de sempre. É a obra de ficção mais importante na história do cristianismo. Nenhum outro foi traduzido em tantos idiomas, teve tantas edições ou inspirou tantos milhões de leitores em todo omundo. É o n.º 1 da lista «os melhores livros de sempre» do The Guardian. A obra descreve os passos de um peregrino através do caminho da vida e oferece uma profunda mensagem espiritual para aqueles que estão decididos a viver de um modo mais verdadeiro, em consonância com aquilo que trazem gravado no coração.
No decorrer
da viagem, desde o instante em que decide deixar a sua antiga cidade e
percorrer o caminho que o levará à cidade celestial, o peregrino encontra
diferentes personagens e lugares, e estes representam cada uma das etapas que
deve ultrapassar para alcançar o seu destino. Em cada encruzilhada, um novo
desafio. Em cada vitória, uma nova responsabilidade. Uma incrível experiência
humana e espiritual. Para milhões de pessoas do mundo inteiro, O Caminho do Peregrino carrega uma
mensagem de esperança e é um modelo ímpar da perseverança e do alento no meio
das dificuldades da vida. É verdadeiramente inspirador e motiva a reflexão
sobre aquilo que estamos dispostos a abandonar ou a guardar connosco quando
decidimos seguir a nossa verdadeira vocação e o nosso coração.
As mil e uma noites, autor anónimo (E-primatur, 2017)
Entre 1704 e 1717, o orientalista francês Antoine Galland publicou em 12 volumes pela primeira vez numa língua europeia As Mil e Uma Noites. Apesar de Galland ter baseado a primeira parte da sua tradução no manuscrito (quase) completomais antigo que se conhece (Séc. XIV), mudou significativamente o texto, alterando de forma drástica várias histórias, fazendo acrescentos a seu gosto, introduzindo histórias que nunca tinham feito parte das versões manuscritas edepurando todas as partes impudicas.
As Mil e Uma Noites são um conjunto de histórias populares recolhidas
por autor anónimo que teriam sido alegadamente escritas em persa e
posteriormente traduzidas para árabe.
O seu tom
coloquial lembra os contos tradicionais portugueses, mas sem terem sido
recolhidos por intelectuais e sem peias: as histórias são fantásticas,
eróticas, violentas, apaixonantes e apaixonadas, cheias de lições morais e
problemáticas filosóficas, de conselhos para melhor viver e amar. No
corriqueiro de histórias para entreter reside a sabedoria milenar de vários
povos e de uma antiguidade que nos é, ainda assim, ao mesmo tempo estranha e
próxima. Talvez por isso as histórias de As
Mil e Uma Noites estejam na base de muita da grande literatura universal
por nos terem dado o imaginário da literatura fantástica oriental. Hugo Maia,
tradutor e sociólogo, estudou língua, história e cultura árabes, preparou a
primeira tradução feita em Portugal, a partir dos manuscritos árabes mais
antigos, menos embelezada e filtrada pelo imaginário ocidental, mais pura,
sobretudo mais fiel.
Contos, Hans Christian
Andersen (Temas e Debates, 2015)
HansChristian Andersen queria ser um poeta para todas as idades e conseguiu-o: há mais de um século que cativa os corações tanto de crianças como de adultos. Notáveis pela capacidade descritiva e profunda sensibilidade, os seus contostransmitem-nos lições subtis sobre diversos aspetos do comportamento humano: a hipocrisia em O Fato Novo do Imperador, a compaixão em A Rapariguinha dos Fósforos, a necessidade da esperança em O Patinho Feio ou o poder da amizade e da coragem no admirável A Rainha da Neve…
Do mestre dinamarquês, a presente edição reúne 156 contos, dos mais populares aos menos conhecidos, dos mais alegres aos mais sombrios, mas sempre fascinantes para gerações sucessivas de leitores.
Contos Completos, Irmãos Grimm (Temas e Debates,
2013)
Os Contos da Infância e do Lar (Kinder- und Hausmärchen), de Jacob e WilhelmGrimm, são a obra de língua alemã mais traduzida e editada no mundo. Publicada pela primeira vez em Berlim em 1812 e em 1815, foi crescendo em popularidade ao longo do Séc. XIX, consagrando-se como um dos tesouros da cultura popularalemã e europeia. Os critérios de rigor e de fidelidade por que se regia e os valores nacionalistas em que assentava inspiraram projetos idênticos de recolhade contos orais um pouco por toda a Europa.
A presente
edição reúne os três volumes de Contos da Infância e do Lar e constitui a
primeira tradução integral da obra em língua portuguesa.
As aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do outro lado do espelho, Lewis Carroll (Relógio d’Água, 2000)
Dois em um, isto é, dois clássicos da literatura infantil, As Aventuras de Alice no País das Maravilhas e Alice do Outro Lado do Espelho num só livro. A edição tem ainda as ilustrações de John Tenniel que acompanharam as primeiras edições de ambos os livros. Lewis Carroll, pseudónimo de Charles Dogson, diácono, matemático, lente da Universidade de Oxford e fotógrafo amador, contava estas histórias, que depois passaria à escrita, para entreter as meninas Liddell, filhas do deão da Igreja de Cristo em Oxford, especialmente Alice, a sua favorita. De aí para cá foram, econtinuaram certamente a ser, milhões de crianças fascinadas pelo universofantástico da pequena Alice e do seu cortejo de animais e objetos que falam.
No próximo dia 20, realiza-se, pelas 15h30m, no Centro de Interpretação Ambiental de Leiria, a apresentação do livro infantil Mestre Carbono, o Cientista, do escritor e cientista Filipe Monteiro.
Mestre Carbono, o Cientista conta a missão de três cientistas que fazem as suas investigações e experiências num laboratório, para descobrir uma solução que permita controlar e reverter as questões climáticas, causadas sobretudo pelo aquecimento global e pela excessiva libertação de CO2. No entanto, durante a noite, contam com a preciosa ajuda dos pequenos habitantes do laboratório – os átomos e as moléculas – que, chefiados pelo Mestre Caborno, se mostram bastante empenhados na salvação da Natureza.
Este livro concilia as palavras e os conceitos de química com as ilustrações apelativas e vivas, tornando-se muito interessante e motivador para promover e divulgar a ciência, e para suscitar a curiosidade e incentivar o interesse dos pequenos leitores.
Paralelamente, esta obra infantil procura homenagear todos os cientistas que, na sua grande maioria, trabalham num laboratório, numa sala, num gabinete ou numa biblioteca, na procura de um mundo melhor.
Mestre Carbono, o Cientista Autor: Filipe Monteiro Ilustrações: Ana Beatriz Marques Editora: Chiado
«Foi então
que a mais velha das águias juntou toda a comunidade e perguntou:
— Sabem o
que é a letra i?
Uma disse: é um pau espetado no abecedário.
Outra disse: é um dançarino com um chapéu alto.»
É assim que somos
apresentados ao novo livro infantil do conceituado autor Mia Couto, que chega
hoje às livrarias.
A Água e a Águia, editada pela
Editorial Caminho e dirigida aos mais novos, conta-nos a história das grandes
águias que sobrevoavam a terra e o que lhes aconteceu quando a “chuva
esqueceu-se de acontecer”.
À escrita poética de
Mia Couto juntam-se as magníficas ilustrações de Danuta Wojciechowska, numa
colaboração já habitual entre autor e ilustradora – Danuta já ilustrou outras
obras infantis do autor tais como “O Menino no Sapatinho” ou “O Beijo da
Palavrinha”.
O livro chega hoje às
livrarias de todo o país, em formato de capa dura, com o valor de 12,90 €.
Mia Couto nasceu em Moçambique em 1955 e é atualmente biólogo e autor de poesia, contos, crónicas e romances. Autor galardoado com vários prémios (o Prémio Vergílio Ferreira 1999 e o Prémio Camões 2013 são apenas alguns exemplos), tem a sua extensa obra publicada em várias línguas.
Danuta Wojciechowska tem um longo percurso na autoria e ilustração de livros infantis, a par de projetos de design gráfico, tendo já ilustrado obras de Ondjaki, José Eduardo Agualusa, Álvaro Magalhães ou Alice Vieira. Em 2003, recebeu o Prémio Nacional de Ilustração e, mais recentemente, recebeu a distinção Mulheres Criadoras de Cultura, em 2014.
Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Não abras este livro.
Quando vi este livro à venda, não resisti a comprá-lo para o Tiago. Um livro que dá ordens às quais vamos desobedecer? E os pais autorizam que a gente desobedeça? E ainda nos rimos todos com isso? É claramente a cara do meu filho.
E não me enganei. Ele adorou a história de tal forma que tivemos de ler o livro 3 vezes na mesma noite. Ri-se a bandeiras despregadas, por vezes nem espera que eu acabe de ler as frases tal a excitação de virar a página e ver o que lhe dizem na página a seguir. É malandrice a 100%, é uma animação, é um livro que cria uma interação única com o leitor e que ganha imenso em ser lido com entoações, volumes e gestos adequados à história.
Uma única personagem, um leitor e uma ordem simples que nunca é cumprida podem render infindáveis momentos de diversão. Tal como quando dei com o meu filho de 3 anos, sozinho do quarto, a “ler” esta história para si.
Não abras este livro Autor: Andy Lee Ilustrações: Heath McKenzie Editora: Jacarandá Editora
Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro O Cuquedo e um amor que mete medo.
Depois de termos conhecido o Cuquedo há duas semanas, eis que continuamos a acompanhar as suas aventuras. Desta feita, no meio da selva, andam todos apaixonados e o Cuquedo decide que também quer encontrar uma namorada. Mas quem quiser ser namorada do Cuquedo terá de saber assustar. Será que as fêmeas da selva são boas pretendendes?
Num ritmo muito dinâmico, quase ao jeito de lengalenga, em rima, a história vai-se desenrolando ao estilo da Carochinha, com o Cuquedo a receber uma lista de diferentes pretendentes, o que nos permite ir apresentando diferentes animais e os sons que eles fazem aos jovens leitores. Com ilustrações ainda mais ricas, também aqui a interação com as crianças se propicia, pedindo-lhes que encontrem o Cuquedo no meio da vegetação. E o final, o final é, bem ao estilo do Cuquedo, surpreendente e assustador.
Sem dúvida, um livro para ler e reler e recitar mesmo quando não o estamos a ler, para fazer a delícia de miúdos e graúdos.
O Cuquedo e um amor que mete medo Autor: Clara Cunha Ilustrações: Paulo Galindro Editora: Livros Horizonte
Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro O Cuquedo.
O que é um Cuquedo? Pois que ninguém sabe, mas é daqueles livros de que toda a gente diz bem. Curiosos, lá fomos ler e descobrir que “o Cuquedo é muito assustador, prega sustos a quem estiver parado no mesmo lugar”, razão pela qual os animais andam todos em debandada pela selva, num atropelo constante, toldados pelo medo de algo desconhecido.
A cadência repetitiva, os diálogos simples, a ideia de movimento sempre presente, a par das ilustrações lindíssimas do Paulo Galindro, fazem deste livro uma emoção em crescendo, sempre a aumentar o mistério em torno do Cuquedo. Até que, de repente, um final surpreendente e muito assustador (pelo menos para os animais) espreita. E é gargalhada pela certa lá por casa, onde, à semelhança do Cuquedo, há um menino que adora pregar sustos e dizer “Buuuuuu”.
Ainda assim, é sempre uma ótima ocasião para explorar a noção dos medos e do desconhecido, ajudando a criança a desconstruir receios através do humor. E perceber que todas as críticas positivas a este livro são merecidas.
O Cuquedo Autor: Clara Cunha Ilustrações: Paulo Galindro Editora: Livros Horizonte
Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Toca e sente do bebé – Parabéns.
A primeira música que o Tiago aprendeu a cantar de fio a pavio foi os Parabéns. Ainda hoje, adora cantar a música, adora bolos de anos, adora festas, tudo o que esteja associado a aniversários e festas de anos. Por isso, este livro, embora seja mais adequado para bebés, continua a saltar da prateleira de vez em quando. Com folhas grossas, imagens muito coloridas e apelativas, cores e texturas diversas que captam a atenção de qualquer um, este é um livro cheio de brilho e animação. Um livro que se adequa ao conceito festivo dos Parabéns.
Um livro que permite aos mais novos estabelecerem um primeiro contacto com esta temática e aos mais velhos continuarem a usufruir dela – principalmente quando o Tiago abre o livro na página do bolo de anos, canta os parabéns para si mesmo e sopra as velas no final. Entre rapaz e livro, como se costuma dizer, fazem a festa, atiram os foguetes e apanham as canas!
Toca e sente do bebé – Parabéns Editora: Texto Editores
Todas as noites, a rotina é a mesma: lavar os dentes, banho, cama. Espera, espera! Antes de ir para a caminha, há sempre uma história para contar. Ou duas, ou três… O filhote pede, a mãe acede. Na outra noite, lemos o livro Toca e sente os animais.
Apesar de estar cada vez mais crescido, de vez em quando o Tiago ainda vai buscar os livros mais antigos, mais “à bebé”, que ainda povoam as suas estantes. É o caso deste Toca e sente os animais, um livro de folhas grossas, de cartão, que em cada página apresenta um animal diferente, com texturas para sentir e explorar.
São imagens e palavras simples, que permitem à criança tomar conhecimento do mundo que a rodeia, identificar o cão macio, o gato suave, a ovelha fofinha… Para um bebé, é a descoberta do mundo dos animais, para uma criança mais velha, como o Tiago, é o libertar da imaginação: inventar histórias para cada animal, cantar uma canção que tenha um cão ou um gato ou um coelho, sentir as texturas e transpô-las para a realidade… Enfim, a simplicidade do livro permite-nos fazer dele aquilo que quisermos. E o Tiago e a sua mamã querem sempre tanto.