Category Archives: JUVENIL

Feira do Livro de Lisboa está quase a abrir… e com novidades!

por Sofia Pereira

A 86ª Feira do Livro de Lisboa decorre entre 26 de maio e 13 de junho, no Parque Eduardo VII, uma organização da APEL – Associação Portuguesa de Editores e Livreiros, que tem como objetivos promover o livro, e fomentar os hábitos de leitura e o incremento do nível de literacia.

Durante mais de duas semanas, os leitores têm oportunidade de participar nesta festa do livro, o maior evento literário do país, que tem na sua programação um vasto leque de atividades: apresentação de livros, sessões de autógrafos, concertos, doação de livros, cinema,  showcookings, debates, concertos, workshops, transmissão de programas de rádio e mostras gastronómicas.

Uma das grandes novidades da edição deste ano é a App, uma aplicação disponível em Android ou iOS, com o mapa dos pavilhões, a programação das iniciativas e os livros do dia.

Mais informação sobre a Feira do Livro de Lisboa 2016 aqui.

Feira Cultural de Coimbra

por Sofia Pereira

O Município de Coimbra promove, entre os dias 3 e 12 de junho, mais uma edição da Feira Cultural.

Promover a criatividade e as atividades culturais da e na cidade, projetar o trabalho de diferentes agentes de desenvolvimento criativo e cultural, e contribuir para o enriquecimento da criação artística são objetivos deste certame.

A iniciativa, que decorre no Parque Dr. Manuel Braga, é já considerada uma das maiores e melhores festas da Cultura do país, que abrange variadas áreas: a Literatura, o Artesanato, as Artes Performativas, a Música, as Artes Plásticas e a Gastronomia, atraindo milhares de visitantes pelo local aprazível em que se realiza, pela diversidade da oferta cultural, pela qualidade do programa de animação e pelo ambiente acolhedor.

Apresentações de livros, sessões de autógrafos, peças de teatro, sessões de poesia concertos, exposições e «24 horas culturais» são alguns dos atrativos da edição deste ano.

Uma Feira para valorizar a Cultura, a cidade do Mondego e o País!

«O dom da palavra», de Catarina Nunes de Almeida, na Feira do Livro de Lisboa

por Sofia Pereira

No próximo dia 28 de maio, será apresentado o livro infantojuvenil O dom da palavra, de Catarina Nunes de Almeida, com ilustrações de João Concha.

Catarina Nunes de Almeida é uma autora natural da cidade de Lisboa que tem dedicado a sua atividade literária à escrita de poesia. Com O dom da palavra, uma publicação da Não Edições, estreia-se na literatura para crianças e jovens, criando «uma espécie de poema contínuo, escrito sob a forma de diálogos», como refere.

A iniciativa, inserida no programa cultural da Feira do Livro de Lisboa, que decorre no Parque Eduardo VII, terá lugar no Stand BLX, pelas 18 horas, e a apresentação estará a cargo de  Ana Tecedeiro, com momentos de leitura por Cátia Sá.

Um momento que promete ser agradável e divertido! Mais uma sugestão de um livro para oferecer e/ou para ler com os mais novos.

Dia Mundial do Livro: escritores e ilustradora sugerem a leitura de livros

por Sofia Pereira

Hoje é o Dia Mundial do Livro!

A data, assinalada desde 1996 e por decisão da UNESCO, foi escolhida com base na lenda de S. Jorge e o Dragão, adaptada para honrar uma velha tradição catalã segundo a qual, neste dia, os cavaleiros oferecem às suas damas uma rosa vermelha de S. Jorge e, em troca, recebem um livro. Simultaneamente, presta-se homenagem à obra de grandes escritores, como Cervantes e Shakespeare, falecidos exatamente em abril de 1616.

Para assinalar a data, a Fábulas convidou escritores e ilustradores a sugerirem a leitura de um livro, apenas um, e a justificar o motivo da sua escolha:

Catarina Gomes, Ilustradora

O dariz, Olivier Douzou, Editora Cosacnaify

«Inspirado num conto satírico do escritor russo Nikolai Gógol, O dariz de Olivier Douzou é um livro que conta, de uma forma genial, a história de um nariz que procura um lenço para se assoar. Escolhi-o porque foi dos poucos livros que me convenceu pela lombada/título. Depois de pegar nele, a ilustração da capa convenceu-me ainda mais e quando o abri para ler a primeira página, não lhe tirei mais as mãos de cima, porque soube que ele tinha de vir comigo para casa. Talvez o facto de eu ter a voz um pouco anasalada, tenha ajudado. Começa assim (ler em voz alta): “Guando agordei esta banhã / esdava gombletamente endupido. / Zaí bra domar ar.” Recomendo-o para qualquer faixa etária.»

(c) Miguel Alves
Catarina Nunes de Almeida, Escritora

Cândido ou O Optimismo, Voltaire, tradução de Rui Tavares, ilustração de Vera Tavares, Tinta-da-China

«A minha escolha vai para um dos livros que marcou, pela sua intemporal frescura, imprevisibilidade e lucidez, a fase final da minha adolescência. E são vários os aspectos que sublinho desse primeiro contacto com o romance de Voltaire – o mais evidente de todos foi, sem dúvida, a dimensão caricatural da obra. Voltaire expõe-nos, com um humor e uma imaginação brilhantes, uma série de tipos humanos que, servindo de espelho da sua época, não deixam de se fazer presentes nos nossos dias. A adolescência é o tempo de procurar respostas para uma série de contradições da vida humana que esta narrativa expõe com profunda inteligência. É o tempo de afirmação da liberdade individual, mas também de descoberta dos valores fundamentais da sociedade, temas escavados até ao osso nas alegorias iluministas. Há perguntas fundamentais sobre injustiça, ignorância, fanatismo a que alguma literatura nos permite aceder e que nunca mais se devem calar dentro de nós. Confesso que o facto de saber que se tratava de uma obra que, à época, não pôde circular senão clandestinamente, aguçou ainda mais o desejo de leitura. Herói de impensáveis façanhas, Cândido leva-nos aos extremos do compadecimento e do riso, da revolta e da aceitação, do repúdio e do espanto. Como esquecer a sua bem-amada Cunegundes, os filósofos Pangloss e Martin, a passagem por uma Lisboa que se ergue a todo o custo do terramoto, o encontro do mítico Eldorado e todo o novelo de infortúnios e desventuras “no melhor dos mundos possíveis”? Esta obra é puro deleite – e a edição ilustrada da Tinta-da-China veio refinar ainda mais o prazer que é revivê-la.»

 Maria Francisca Almeida Gama, Escritora

«O livro que hoje vos recomendo chama-se Madalena e foi escrito por mim, há cerca de seis meses, após o falecimento do meu pai. Fala sobre a saudade, a dor, sobre o facto de termos que aprender a lidar com a perda. Também fala sobre os sonhos, sobre a alegria, sobre o amor. É um livro que demonstra o quanto anseio por chegar mais longe e em como, apesar da dor que sinto, me esforço para ser cada vez melhor, orgulhando sempre o meu querido pai. »

Patrícia Ervilha, Escritora

O Principezinho – O Grande Livro Pop-Up, Antoine de Saint-Exupéry, Editorial Presença

«Tendo que escolher um livro infantil, não hesitaria na edição O Principezinho – O Grande Livro Pop-Up por Antoine de Saint-Exupéry, da Editorial Presença. O Principezinho é um livro essencial e um livro que atravessa a nossa própria existência. Faz sentido aos 2 anos, como faz aos 92. Esta edição é extraordinariamente bonita e apelativa. Tem o embondeiro mais inesquecível da literatura. Neste caso, a minha escolha vale pelo conteúdo eterno e também muito pela forma.»

(c) Ricardo Graça
Paulo Kellerman, Escritor

Contos de cães e maus lobos, Valter Hugo Mãe, Porto Editora

«O livro que sugiro é Contos de cães e maus lobos, de Valter Hugo Mãe. Trata-se de um belo e cuidado livro que reúne diversos contos que podem ter vários níveis de leitura, de acordo com a idade dos leitores; apesar de em princípio ser destinado a jovens, será igualmente um livro fascinante para leitores adultos. É composto por onze contos que nos convidam simultaneamente a sairmos de nós e mergulharmos em nós, ora ternos ora duros, sempre enigmáticos e mágicos, por vezes arrebatadores. Cada um dos contos é acompanhado por ilustrações originais de diferentes artistas, o que confere a cada estória um imaginário e uma densidade muito concreta. Um livro que corresponde à definição que o próprio autor atribui ao que será um bom livro: aquele que tem “a capacidade de expressar algo que até ali estaria numa espécie de escuridão. A capacidade de colocar em discurso algo que podemos reconhecer, com que nos podemos identificar e que parece de alguma forma solucionar um problema nosso, mas que até ali ninguém tinha expressado daquela forma.”»

Boas leituras e Feliz Dia Mundial do Livro!

«Geronimo Stilton» e os valores extrarráticos

por Sofia Pereira

Geronimo Stilton é uma coleção de livros de literatura infantil e juvenil, publicada pela Editorial Presença, em Portugal. Em 2001, foi distinguida com o Prémio Andersen e, um ano depois, conquistou o eBook Award como melhor livro eletrónico infantojuvenil.

Muitos são os leitores – crianças e jovens – que têm um enorme fascínio pelas fantásticas aventuras da personagem Geronimo Stilton, um ratinho que vive na Ratázia, uma ilha em forma de queijo, situada no Oceano Rático Meridional. Formado em Ratologia da Literatura Rática e em Filosofia Arqueorrática Comparada, é diretor há já vinte anos do jornal Diário dos Roedores, fundado pelo seu avô Torcato Viravolta. Aventureiro nato, cativa a simpatia de quem lê as suas histórias, pela sua extraordinária capacidade de transformar as adversidades e fraquezas em grandes êxitos. Nos tempos livres, Stilton gosta de colecionar cascas antigas de Parmesão do século XVIII, jogar xadrez e, sobretudo, adora contar histórias a Benjamim, o seu sobrinho preferido.

As aventuras vividas por este famoso rato, acompanhado por Benjamim, são incríveis e estão recheadas de muitas surpresas, que transmitem importantes valores para o desenvolvimento pessoal, social e intelectual das crianças e dos jovens:

Importância da família e dos amigos
A família é o porto de abrigo de Stilton, é a força que dá sentido à sua vida e é a luz que o ilumina nos momentos de maior consternação. Não há problema que abale as relações familiares, o seu alicerce emocional. Os amigos, igualmente fundamentais para Geronimo, são seus protegidos e festejam todas as suas vitórias, no final de cada aventura difícil e perigosa. Estar rodeado da família e dos amigos fá-lo sentir-se bem consigo próprio e feliz.

Altruísmo e resiliência
Geronimo mostra estar sempre disponível para ajudar os outros e tem uma capacidade extrema para aceitar e superar os obstáculos com que se depara, mantendo uma atitude otimista e não se deprimindo nas situações mais tristes.

Multiculturalismo, solidariedade e respeito pelos outros
Stilton vive numa sociedade multicultural, demonstrando curiosidade e espírito de descoberta pelas tradições de outras culturas. Tem consciência da importância do respeito, da paciência e da aceitação dos defeitos dos outros, e sabe que a igualdade entre todos/as é uma ferramenta crucial para a harmonia social.

Coragem e espírito de iniciativa
Os livros da coleção de Geronimo Stilton ensinam as crianças e os jovens que só as lutas que requerem sacrifícios poderão levar a finais felizes. Neste sentido, é necessário enfrentar as adversidades da vida e os medos, com força e ânimo, pois só assim se conseguirá obter o sucesso desejado. É transmitida uma mensagem de esperança e fé, para que os leitores mais novos nunca percam a coragem nos tempos mais difíceis.

«Em vez de seres contra a guerra, defende a paz!»
A paz é bastante valorizada nas aventuras de Geronimo Stilton. As suas histórias não apelam a comportamentos agressivos e desviantes, nem recorrem ao uso de palavras impróprias; pelo contrário, a ideia de que nos espera um futuro belo e feliz é a mensagem transmitida.

Histórias repletas de aventura e animação para oferecer e/ou ler aos/com os mais novos!

Título da coleção: Geronimo Stilton
Autor: Geronimo Stilton
Editora: Presença

A literatura de tradição oral

por Sofia Pereira

«A literatura da tradição oral portuguesa deve ser devidamente valorizada, dando-lhe uma dimensão nacional.»
Graça Capinha

A literatura tradicional de transmissão oral faz parte do nosso património imaterial. É inegável o seu valor literário, cultural e social, por isso torna-se importante incentivar as crianças e os jovens dos dias de hoje a lerem e conhecerem estes textos.

Pese embora o facto de a literatura de tradição oral já não cumprir o seu objetivo primordial – preservar os costumes, a cultura e a tradição de uma determinada comunidade -, certo é que integra a nossa memória coletiva como recriação simbólica de um espaço-tempo, que deve ser objeto de leitura e conhecimento, valorizando-se social e culturalmente.

Estes textos, perpetuados ao longo dos séculos de geração em geração, assumem uma função socializadora, pedagógica e lúdica pois, através de jogos de palavras e de uma coesão social, é apreendido o conhecimento cultural e social de outrora.

A literatura de tradição oral inclui um diversificado repertório:

Lendas e contos

Contos e Lendas de Portugal, adaptação de Isabel Ramalhete e João Pedro Mésseder, Porto Editora

«Eis uma mão-cheia de contos e lendas de Portugal e de outras regiões do Mundo: de Angola, Moçambique, Timor, Espanha, França, Alemanha, do povo cigano e até do mundo árabe. Histórias para ler, reler e contar. Um nunca acabar de modos de encantar, de ter graça, de emocionar e de transmitir ensinamentos.»

Contos Tradicionais do Povo Português,  seleção de Teófilo Braga, Porto Editora

«Histórias de reis, príncipes, condes, cavaleiros, sargentos, mágicos, meninas feias, meninas bonitas, sapateiros, ermitões, velhinhas, ladrões, fadas, anões, bois, galinhas, lobos, baratas… Histórias ricas em ensinamentos seculares e, como árvores, com raízes tão profundas que ajudam a conhecer e compreender a identidade da cultura portuguesa.»

Fábulas

As Mais Belas Fábulas de La Fontaine, Jean de La Fontaine, ilustrações de Gauthier Dosimont, Civilização Editora

«35 fábulas que vão deliciar as crianças mais pequenas. O Leão e o Mosquito, O Lobo e o Cordeiro, A Lebre e a Tartaruga e A Cigarra e a Formiga são alguns dos títulos que este livro apresenta, de uma forma mais sucinta e acompanhado por ilustrações de Gauthier Dosimont.»

A Raposa Azul – Oito Histórias Tradicionais com Mensagens Universais, de Ana Maria Magalhães e Isabel Alçada, ilustrações de Ana Afonso, Editorial Caminho

«Quem ler histórias inventadas há séculos, e que foram passando de boca em boca, de pais para filhos, de avós para netos, descobre rapidamente que, por trás de personagens e lugares diferentes, se encontram mensagens comuns. A razão é simples. A humanidade é só uma e os seres humanos, quer vivam no campo ou na cidade, na montanha ou na planície, numa região desértica ou na selva, têm preocupações, sonhos, desejos e alegrias muito semelhantes.»

Rimas Infantis e Poesia Popular

Rimas Perfeitas, Imperfeitas e Mais-Que-Perfeitas, de Alice Vieira, ilustrações de Afonso Cruz, Texto Editora

«Lê este álbum e verás que não há dois poemas iguais. Uns têm mais humor e ironia, outros melancolia, e para cada poema foi escolhido um determinado tempo verbal. Consegues identificá-los? Presente, Futuro, Gerúndio, Imperativo, Pretérito Perfeito, Imperfeito e Mais-Que-Perfeito.»

Travalengas, de José Dias Pires, ilustrações de Catarina Correia Marques, Booksmile

«Se já conheces de cor consoantes e vogais, ditongos, acentos, sinais, para o que preciso for: não temas os trava-línguas, desafia as lengalengas, para que em qualquer altura não te atrapalhem a leitura, e verás que, sem favor, quem ganha sempre é o leitor.»

Adivinhas

Adivinha, adivinha, recolha e seleção de Luísa Ducla Soares, ilustrações Sofia Lucas, Livros Horizonte

«Há milhares da anos que existem adivinhas, que têm feito rir e pensar muitas gerações de adultos e crianças. Já se perdeu a memória de quem as inventou, e são hoje um tesouro da nossa cultura, que não pára de crescer porque há sempre gente imaginativa que o vai acrescentando. Escolhemos para vocês estas 150 adivinhas, que se referem a coisas que todos conhecem, para que descubram a solução sem o auxílio dos mais crescidos. Leiam com atenção, puxem pela cabeça, vejam se acertam. Os desenhos ilustram as soluções de muitas adivinhas mas, para ser mais divertido, não estão na mesma página.»

Adivinhas com Bicho, de Maria Teresa Maia Gonzalez, Pi

«Aqui encontrarás muitas adivinhas engraçadas sobre os mais variados animais.Um livro divertido onde podes testar os teus conhecimentos sobre o mundo animal e brincar às palavras com os teus familiares e amigos da escola.»

Provérbios

Provérbios de Sempre, de Zero a Oito, Zero a Oito

«Um livro com histórias divertidas que ajudam a perceber alguns dos provérbios mais ouvidos da nossa tradição. A não perder! Quem o avisa, seu amigo é!»

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Provérbios e Adágios Populares, de Cláudia Vieira, Planeta Editora

«Se o sol quando nasce é para todos, acautele-se que ao minguar da lua não comece coisa alguma, acredite que, quem semeia ventos, colhe tempestades e, em terra de cegos quem tem olho é Rei pois, viver não custa, o que custa é saber viver. Em nome do património literário popular, Provérbios e Adágios Populares concede-nos uma viagem a tempos antigos, à morada da humanização de hábitos, conselhos e práticas esquecidas para bem governar a vida. O livro justifica-se pela virtude de recuperar a consciência tradicional no espaço lusófono, no sentido de combater a marginalização da linguagem criativa do povo que está enraizada numa sabedoria que se traduz pela perspicácia, simplicidade, bom-senso, experiência e humor. Reunimos neste livro milhares de provérbios ordenados por letras, por temas e actividades, santos e religião e por estações do ano ou meses do ano, facilitando a consulta por todos e, sobretudo, pelos alunos do primeiro e segundo ciclos.»

A leitura e o estudo dos textos da tradição oral contribuem não só para o desenvolvimento das competências literárias e para a socialização das crianças e dos jovens, como também para uma maior dignidade deste tipo de literatura.

Sete estratégias de incentivo à leitura das crianças e dos jovens

por Sofia Pereira

«Hoje, uma das tristes realidades é que pouquíssimas pessoas, em especial jovens, lêem livros. A menos que encontremos formas imaginativas de resolver esse problema, as futuras gerações arriscam-se a perder a sua história.»
Nelson Mandela

1. Facilitar o acesso aos livros
Ir a bibliotecas, livrarias, encontro com escritores e sessões de apresentação de livros poderá ser uma excelente opção.

2. Ler em companhia
A leitura com outras pessoas – familiares, amigos ou colegas – poderá transformar-se num bom e agradável momento de interação e de partilha de ideias. Além disso, o exemplo dos mais velhos e a paixão que estes manifestam pelo universo dos livros será, sem dúvida, uma motivação para que as crianças e os jovens desfrutem, igualmente, dessa atividade.

3. Nem todos os livros são literatura
Se o objetivo é incentivar a criação de hábitos de leitura, torna-se crucial ter em atenção que nem todos os livros têm a mesma finalidade: há livros para colorir, sopas de letras e crucigramas, entre outros. É importante saber escolher o(s) livro(s) adequado(s) e próprio(s) para cada leitor.

4. Saber o que ler
Sugerir a leitura de um simples texto ou de uma obra, com algumas breves recomendações, poderá ser um bom guião que ajudará a compreender o texto pois, dessa forma, as crianças e os jovens já estão familiarizados com a história, apreciando-a melhor e sentindo o ato de ler como uma necessidade da sua vida.

5. Ler sem obrigação
Criar espaço e tempo de leitura, mas através da motivação e nunca impondo a leitura de um livro é a melhor forma de incentivo.

6. Direito a não ler
É necessário nunca esquecer que todos temos o direito a não terminar a leitura de um livro, quando não gostamos da história ou simplesmente não nos prende a atenção.

7. Estimular a capacidade cognitiva
Livros ilustrados ou de banda desenhada despertam a criatividade e a imaginação.

As escolhas de Natal de… Cristina Dionísio

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Para os que ainda não se decidiram o que oferecer aos miúdos que já não são assim não pequenos, seguem-se algumas ideias para presentes.

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Leonardo da Vinci — Caderno de InvençõesJaspre Bark, David Hawcock , David Lawrence, Edicare

«Este livro é uma réplica autêntica e primorosa de algo que, se não existiu, devia ter existido… o caderno de apontamentos de Leonardo da Vinci.
O texto, as ilustrações e os engenhosos modelos tridimensionais foram desenhados a partir das suas próprias anotações e esboços. O cuidado posto nesta recriação vem dar vida às notáveis e muitas vezes proféticas invenções de Leonardo, captando o génio de um homem muito à frente do seu tempo.»

Especialmente vocacionado para aprendizes de cientistas, este Caderno de Invenções é uma verdadeira obra de arte com maravilhosas recriações e modelos pop up que farão os leitores abrirem a boca de espanto perante o génio da mente de Da Vinci.

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Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-rosa, de Judith Kerr, Booksmile

«Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-rosa é uma das obras mais lidas por jovens de todo o mundo. Considerada um clássico da literatura juvenil, e inspirada na vida da própria autora, fala-nos da Segunda Guerra Mundial numa nova perspetiva e até com algum humor.
Vive-se o ano de 1933. Anna tem apenas nove anos e anda demasiado ocupada com a escola e com os amigos para reparar nos cartazes políticos espalhados pela cidade de Berlim com a suástica nazi e a fotografia de Adolf Hitler, o homem que muito em breve mudaria a face da Europa. Ser judeu, pensa ela, é apenas algo que somos porque os nossos pais e avós são judeus.
Mas um dia o pai dela desaparece inexplicavelmente. E, pouco tempo depois, ela e o irmão, Max, são levados pela mãe com todo o sigilo para fora da Alemanha, deixando para trás a sua casa, os amigos e os amados brinquedos. Reunida na Suíça, a família de Anna embarca numa aventura que vai durar anos.»

Depois de ter sido publicado pela primeira vez no nosso país em 1992 pela Editorial Caminho, Quando Hitler Roubou o Coelho Cor-de-rosa está de regresso às livrarias pela mão da Booksmile. Baseado na experiência da autora, que em 1933 teve de abandonar a Alemanha natal com a família para fugir para a Suíça, esta é uma obra que aborda uma das épocas mais negras da história da Humanidade através dos olhos límpidos e inocentes de uma criança que, como dezenas de milhares de outras nessa altura — e como tantas nos dias de hoje —, teve de abandonar o seu lar para escapar aos horrores da guerra.

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O Estranhão, de Álvaro Magalhães e Carlos J. Campos, Porto Editora

«Fred, o Estranhão, é um rapaz de 11 anos, com um Q.I. acima da média, que conta a sua estranha vida (a família, a escola, os amigos, os amores), com palavras e desenhos, enquanto reflete sobre tudo o que o rodeia.

O seu grande desafio é viver uma vida normal, sem sobressaltos, e chega a fingir que é estúpido para não ser incomodado pelos que fingem ser inteligentes. Mas isso não é tarefa fácil para um Estranhão. Pois não?»

Nesta série de livros — depois da apresentação no volume inicial já foram publicados mais três (Socorro, a minha mãe está avariada!, Uma mosca na sopa e Acordem-me quando isto acabar) — o herói é Fred, um rapazinho de onze anos com uma inteligência superior à média das pessoas à sua volta e que, um pouco como a Matilda de Roald Dahl, o torna estranho aos olhos dos outros. Mais do que estranhão, Fred é sobretudo um rapaz curioso que adora questionar o que está à sua volta, o que nem sempre é bem-visto pelos outros.

A Dupla Terrivel de Jory John

A Dupla Terrível, de Jory John, Matt Barnett e Kevin Cornell (ilust.), Planeta

«Miles Murphy é conhecido por uma coisa, e só por uma coisa: é o melhor pregador de partidas que a escola dele alguma vez viu.

Portanto, quando é forçado a mudar-se com a mãe para Vale do Bocejo (sítio também conhecido por uma coisa, e só por uma coisa: as vacas), acha, naturalmente, que irá ser o melhor pregador de partidas da sua nova escola.

Mas há um problemazito: é que esta escola já tem um pregador de partidas. E que é bom. MUITO bom. Miles vai ter MESMO de se superar para voltar a ser o rei das partidas… Preparem-se, porque vai começar uma guerra épica!

Miles não conhece ninguém e está apreensivo no primeiro dia de aulas, mas decidido a continuar a ser o maior pregador de partidas da escola nova, como sempre fora na antiga.

Mas eis que, logo à chegada, se depara com uma partida MUITO grande, já pronta e montada…e da qual se torna o principal suspeito aos olhos do Director! Quem será o concorrente da escola de Vale do Bocejo capaz de arquitectar uma partida daquelas?»

Se um mestre pregador de partidas já consegue dar muitas dores de cabeça aos adultos — e provocar monumentais ataques de riso aos jovens leitores —, imaginem então o que podem DOIS mestres pregadores de partidas fazer…

Bem, o melhor mesmo é ler, e chorar de tanto rir.

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O Frigorífico da Magui, de Lois Brandt e Vinn Vogel (ilust.), Booksmile

«A Sofia e a Magui vivem no mesmo bairro, brincam no mesmo parque e andam na mesma escola. Mas, enquanto o frigorífico da casa da Sofia está cheio, o da casa da Magui está vazio — completamente vazio.

A Sofia descobre que a família da Magui não tem dinheiro, e que é por esse motivo que tem o frigorífico tão vazio. A Sofia quer muito ajudar a amiga, mas como prometeu não contar a ninguém, vê-se perante um dilema: manter a promessa que fez, ou contar à mãe que a Magui precisa de ajuda.

Uma história que aborda temas bem atuais, como a pobreza e a fome, com extrema sensibilidade, e que nos mostra como a força da amizade pode ajudar a superar os momentos mais difíceis.»

Abordando uma questão infelizmente bastante actual e bastante comum, O Frigorífico da Magui é uma lição de amizade e solidariedade, que se torna ainda mais pertinente numa época como a do Natal, em que o consumismo e o materialismo desenfreado deturpam por vezes os valores humanos mais elementares.

Bruxas, caveiras e gatos pretos…

por Sofia Pereira

Bruxas, caveiras, gatos pretos, fantasmas, abóboras, cemitério, monstros, feitiçarias, velas e morcegos. São alguns dos símbolos do Halloween ou Dia das Bruxas – como é conhecida entre nós – uma tradição marcadamente americana. A sua origem remonta ao povo celta, que acreditava que, no dia 31 de outubro, os espíritos dos mortos voltavam aos seus lares para visitar os familiares e guiá-los ao mundo do além.

Pese embora o facto de não existir uma tradição tão forte no nosso país, certo é que esta festividade acaba por contagiar as crianças e os jovens que, entusiasticamente, se deixam envolver por este mundo misterioso, sombrio e até assustador. Tudo, do terror à diversão, leva a uma enorme curiosidade de conhecer e entrar no espírito tenebroso do Halloween.

Para ajudar a celebrar esta época, deixamos aqui a sugestão de alguns livros para que todos os leitores, dos mais pequeninos aos mais crescidos, possam viver esta festa, num verdadeiro ambiente fantasmagórico:

Desculpa… Por acaso és uma bruxa?, de Emily Horn, ilustração de Pawel Pawlak, Dinalivro

«Título Recomendado pelo Plano Nacional de Leitura 2007 (Jardim de Infância / Ler Voz Alta Sala Aula). O Leonardo é um gato preto, muito solitário, que passa o tempo todo na biblioteca. Certo dia, ao ler A Enciclopédia das Bruxas, descobre que elas adoram gatos pretos. Mas como poderá o Leonardo encontrar uma bruxa, se nunca na sua vida viu nenhuma? E todas as vezes que pergunta: «Desculpa… Por acaso és uma bruxa?», engana-se sempre! Por fim, o gato Leonardo desiste e regressa à biblioteca… sem desconfiar de que há uma grande surpresa à sua espera! Crianças a partir dos 5 anos.»

O Grande Livro das Bruxas & Feiticeiros, de José Viale Moutinho e Fedra Santos, Afrontamento

«Ora aqui está, rapaziada,
Um livro de meter medo.
São bruxos e feiticeiras,
Bailando sem orquestra, à luz das suas fogueiras!
Um de nós conta as histórias.
Todas elas de estarrecer!
O outro faz os desenhos. Para melhor se poder ver!
O primeiro é grandote, lá isso é,e chama-se Zé!
A segunda anda a ver se medra,come pastéis de nata e chama-se Fedra!»

Bruxas à Meia-Noite, de Roberto Pavanello, Planeta Editora

«Parece mentira mas é verdade: Bat Pat é um morcego que tem medo do escuro. É o morcego mais medricas que vocês já conheceram e «fala pelos cotovelos» mas é impossível não gostar dele. Na verdade, é muito divertido e mete-se em cada aventura que… só lido! O Tesouro do Cemitério e Bruxas à Meia-Noite são as duas primeiras histórias publicadas em Portugal. Pois é, o Bat Pat é escritor e a sua especialidade são os livros de terror, aqueles que falam de bruxas, fantasmas, cemitérios e coisas verdadeiramente assustadoras. Os seus amigos são a Rebecca, o Martin e o Leo. A Rebecca adora aranhas, ratos e sapos, o Martin é o intelectual do grupo e o Leo, tão ou mais medricas do que o Bat Pat, não perde uma oportunidade que seja para dizer: «e se petiscássemos qualquer coisa?». É com eles que Bat Pat vai investigar o mistério da estranha sombra (será um fantasma?) que anda a rondar os túmulos do cemitério e o curioso caso das casas invadidas… pela chaminé! A história do livro Bruxas à Meia-Noite é igualmente medonha. O dia estava a raiar e Bat Pat tinha acabado de cair no sono. De repente, um grito de arrepiar acordou o morcego. Era uma velhinha estranha a vender maçãs. Hummm, pensou ele, enquanto se lembrava da bruxa má da história da Branca de Neve, esta velhinha é estranha. E era mesmo. A pérfida bruxa Amanita andava à procura de um aprendiz e levara Rebecca para o seu antro… E agora? Uma coisa é certa, Bat Pat só tem medo do escuro, de mais nada…»

Grimpow – A Última das Bruxas, de Rafael Ábalos, Asa

«O destino cumpriu-se e Grimpow tem nas suas mãos a Pedra Filosofal. Segundo os alquimistas, esse é possivelmente o objecto mais poderoso do mundo, capaz de conceder a imortalidade e de transformar qualquer metal em ouro. Mas ainda há mais para descobrir… Por isso, Grimpow viaja até Paris, decidido a desvendar esse segredo milenar. Entretanto, o rei de França, temeroso da morte, deseja mais do que nunca apoderar-se da lendária Pedra. E só uma pessoa, em toda Paris, pode conseguir tal façanha: chama-se Agnes e desde há um ano que luta pela sobrevivência nas masmorras da Torre do Templo, acusada de bruxaria. Embora ela ainda não o saiba, os seus poderes permitem-lhe pactuar com o próprio Diabo…»

Bruxa Endiabrada, de Kim Harrison, Chá das Cinco

«Em Hollows os vampiros são apenas o início… Apesar de namorar com um vampiro e viver com outro, Rachel Morgan conseguiu sempre manter-se um passo à frente dos problemas… até agora. Um tenebroso assassino em série fez das ruas de Cincinnati o seu terreno de caça e ninguém está a salvo, seja humano, Inderlander ou morto-vivo. Talvez a única maneira de parar esse assassino seja uma misteriosa relíquia que se encontra nas mãos de Rachel Morgan, destemida caçadora de recompensas e bruxa temerária. Mas revelar tal artefacto poderá dar início a uma batalha apocalíptica entre as diversas raças sobrenaturais de Hollows. A decisão pode salvar vidas… ou matar muitas mais! Mais uma vez, Rachel não pode falhar pois o preço a pagar é alto de mais.»

A Festa das Bruxas, de Agatha Christie, Asa

«A famosa escritora de policiais Ariadne Oliver prepara-se para celebrar a Noite das Bruxas em casa de uma amiga. Outra das convidadas é Joyce, uma jovem fã de livros policiais, que confessa ter já assistido a um assassinato. Mas a sua fama de contadora de histórias mirabolantes faz com que ninguém lhe preste atenção. Ou talvez não seja bem assim. Quando Joyce é encontrada morta nessa mesma noite, Mrs. Oliver questiona se esta última história seria mesmo fruto da sua imaginação. Quem de entre os convidados quereria silenciá-la? Mrs. Oliver não conhece ninguém melhor do que o seu amigo Hercule Poirot para responder a esta questão. Mas nem mesmo para o grande detective será fácil desmascarar o assassino.»

Leituras para o regresso das férias… por Alexandra Martins

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The School for Good and Evil, de Soman Chainani, Lápis Azul

«Estamos perante uma trilogia que desencadeia um mundo de fantasia novo e deslumbrante, onde as melhores amigas, Sophie e Agatha estão prestes a embarcar na aventura de uma vida. Na Escola do Bem e do Mal, meninos e meninas são treinados para serem extraordinários bons ou maus, mas um subverter dos papéis assumidos das nossas heroínas, … quando Agatha é “erroneamente” enviada para a escola do bem, e Sophie para a escola do mal, tudo é posto em causa, … e se o erro é na verdade a primeira pista para descobrir quem Sophie e Agatha realmente são? Fantástica trilogia na qual a única saída para fugir das lendas sobre contos de fadas e histórias encantadas é viver intensamente uma delas.»

Porquê? Na Escola do Bem e do Mal formam-se príncipes e princesas, bruxas e vilões, material de contos de fadas. E Sophie, que se porta como uma autêntica princesa, anseia por viver o seu conto de fadas com final feliz. Ela quer ir para a Escola do Bem e a sua amiga Agatha para a Escola do Mal, mas a vida troca-lhes as voltas e elas acabam por ir parar às escolas que não queriam. Muitas peripécias depois, com algumas boas gargalhadas do nosso lado, as nossas protagonistas começam a revelar-se e talvez a troca não tenha sido tão errada assim.

Não devemos julgar um livro pela sua capa, embora a encadernação deste livro seja magnífica, nem devemos julgar as pessoas pela sua aparência. Acima de tudo, é esta a lição a reter neste conto de fadas fantástico. Uma leitura leve, divertida e juvenil, que opõe princesas e bruxas e todos os dramas da adolescência dentro da mesma escola.

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À Procura de Alaska, de John Green, Edições ASA

«”Na escuridão atrás de mim, ela cheirava a suor, luz do sol e baunilha, e, nessa noite de pouco luar, eu pouco mais podia ver além da sua silhueta, mas, mesmo no escuro, consegui ver-lhe os olhos – esmeraldas intensas. E não era só linda, era também uma brasa.”

Alaska Young. Lindíssima, esperta, divertida, sensual, transtornada… e completamente fascinante. Miles Halter não podia estar mais apaixonado por ela. Mas, quando a tragédia lhe bate à porta, Miles descobre o valor e a dor de viver e amar de modo incondicional. Nunca mais nada será o mesmo.»

Porquê? Um livro que lida de perto com os dramas juvenis, a inocência da amizade, do primeiro amor, a loucura e a invencibilidade aliadas à dor do crescimento e às aprendizagens da vida. Miles conta-nos a sua história: um jovem sem amigos e sem propósito que vai para uma escola nova, onde se apaixona perdidamente por Alaska Young. Mas Alaska, linda, inteligente e muito perturbada, parece inalcançável e Miles tudo fará para a descobrir, para a compreender, para lhe sobreviver.

Para Miles, a história divide-se em Antes e Depois e há que aprender a viver com isso seja em que idade for. Há sempre um ponto de viragem nas nossas vidas. E é essa verdade, contada de forma brutal, contada de forma suave, que fica por entre as páginas do livro e que perdura. Uma lição para a vida, aprendida na juventude.

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Escola: Os piores anos da minha vida, de Chris Tebbetts e James Patterson,  Booksmile

«Rafe Khatchadorian já tem problemas suficientes em casa sem ter de meter a escola ao barulho. Felizmente, ele tem um plano perfeito para ter o melhor ano de sempre, isto é, se o conseguir levar para a frente. Vai tentar quebrar todas as regras do código de conduta da sua escola. Mas quando o jogo começa a perder a piada, ele terá de decidir se ganhar é o mais importante, ou se está finalmente pronto para aceitar as regras, lidar com os provocadores e com as verdades que ele está sempre a evitar.»

Porquê? Ano novo, escola nova. E Rafe já tem a certeza de que vai ser o pior ano da sua vida, por isso estabelece um plano para tornar a sua vida mais excitante: quebrar todas as regras da escola nova. Mas ser um pré-adolescente rebelde tem muito que se lhe diga e talvez Rafe precise de repensar a sua vida.

Uma narrativa simples e muito engraçada, na primeira pessoa e em capítulos curtos e fluidos, acompanhados de ilustrações muito divertidas. Enquanto leitores, somos facilmente cativados por este jovem e pela sua história, não podendo deixar de sorrir com as suas muitas peripécias. Um livro maravilhoso sobre as dificuldades de adaptação de um pré-adolescente a uma nova vida numa nova escola, bem como à sua dinâmica familiar.

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A Lua de Joana, de Maria Teresa Maia Gonzalez, PI

«Ao lermos A Lua de Joana, não podemos deixar de pensar na forma como, muitas vezes, relegamos para segundo plano aquilo que realmente é importante na vida. Este livro alerta-nos para a importância de estarmos atentos a nós e ao outro, e de sermos capazes de, em conjunto, percorrer um caminho que conduza a uma vida plena… Foi já há mais de quinze anos que A Lua de Joana foi publicada. Com mais de 300 000 exemplares vendidos nas suas inúmeras edições, com traduções em seis países, impôs-se como uma referência incontornável na literatura juvenil portuguesa e mundial.»

Porquê? Este é um clássico incontornável. Uma narrativa que nos chega na forma de cartas, escritas pela Joana para a sua melhor amiga, que morreu de overdose. Uma realidade muito dura, uma falta de apoio muito grande, uma família pouco unida condicionam a vida da Joana, a sua rotina na escola e em casa e as suas atitudes. A escrita da autora faz-nos entrar na pele da protagonista e sentir as suas dificuldades, a sua solidão, fazendo-nos pensar no que é verdadeiramente importante, o que é fundamental para a nossa estabilidade e felicidade. Um livro para os jovens, mas que devia ser lido por toda a gente.

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O Diário de um Banana 1, de Jeff Kinney, Booksmile

«Não é fácil ser criança. E ninguém sabe isso melhor do que o Greg Heffley, que se vê aprisionado na escola preparatória, onde fracotes minorcas dividem os corredores com miúdos mais altos e malvados que já fazem a barba. Em O Diário de um Banana, o autor e ilustrador Jeff Kinney apresenta-nos um herói improvável. Como o Greg diz no seu diário: Não esperem que eu me ponha para aqui com “Querido Diário” isto e “Querido Diário” aquilo. Felizmente para nós, o que o Greg diz e o que realmente faz são duas coisas muito diferentes. »

Porquê? Este é um livro que se lê a voar. Com muitas ilustrações pelo meio, textos simples e diretos e uma história que prima mais pelo humor do que pela moral, é um livro para nos rirmos e passarmos um bom bocado. Greg é um miúdo como todos os outros: tem momentos egoístas, momentos confusos e momentos de pura parvoíce. Mas é essa semelhança com a realidade que nos faz sentir algum carinho por este miúdo de nove anos que se acha muito crescido. Sendo o primeiro volume de uma coleção que é um autêntico sucesso, vale a pena dar uma oportunidade a esta leitura neste regresso à rotina.