Numa aparente resposta ao apelo dos leitores, Álvaro Magalhães resolveu continuar as aventuras de O Estranhão, publicado em setembro do ano passado, e agora está prestes a lançar Acordem-me quando isto acabar. As ilustrações são de Carlos J. Campos. Neste volume Fred abre um negócio, assiste a um Porto-Benfica, é assaltado na rua e até assombrado pelo fantasma do avô. Mas quem é, afinal de contas, o Estranhão? «Fred é um rapaz de onze anos, com um Q.I. acima da média, que conta a sua estranha vida, com palavras e desenhos, enquanto reflete sobre tudo o que o rodeia. O seu grande desafio é viver uma vida normal, sem sobressaltos, e chega a fingir que é estúpido para não ser incomodado pelos que fingem ser inteligentes. Mas isso não é tarefa fácil para um Estranhão.» Nas livrarias a partir de 20 de fevereiro.
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A bailarina da terra e do mar
A dança nos contos para a infância de Sophia de Mello Breyner
por Ana Ramalhete
«Quando eu era nova, dançava sozinha em casa os versos que escrevia…»
Sophia de Mello Breyner Andresen
Sophia dançava enquanto escrevia e escrevia enquanto dançava. Bailava com as personagens, deslizava com as palavras, rodopiava com as histórias. Dançava de noite quando a casa respirava silêncio, dançava de dia ao som da ventania.
Enquanto criança, inventava danças sozinha, enquanto adulta imaginava passos de dança e argumentos para bailados.
Sophia transmitiu a sua paixão pela dança nos contos que escreveu para o público infantil. Está presente em quase todos e surge associada à vida e à alegria. As personagens dançam quando estão felizes: «o rapazinho sentia-se tão feliz que às vezes punha-se a dançar em cima dos rochedos» (A menina do mar) e quando respiram liberdade: «vivia livre, alegre e feliz dançando nos campos, nos montes, nos bosques, nos jardins e nas praias» (A fada Oriana). O medo e a tristeza impedem a concretização do movimento. Quando se instalam fazem-no parar, bloqueiam quem o executa: «mas eu estava muito triste e por isso dancei muito mal» (A menina do mar).
Nas histórias da autora de Os reis do oriente, a dança tem o poder de distrair: «O poeta sentou-se na beira da janela a vê-la e do fundo da floresta vieram os veados, os coelhos, as aves e as borboletas, para verem a dança da fada» (A fada Oriana); de encantar: «As danças das flores eram extraordinárias, leves e lentas»; de desabrochar «(…) ao som dos tambores/ o seu bailar faz abrir/mais depressa as flores» (A árvore); de perfumar: «A Flor do Muguet, branca e pequenina, leve como a brisa, dançava todas as danças. E as suas campânulas baloiçavam perfumando a noite» (O rapaz de bronze); de surpreender: «Todas as flores se espantaram de ver a túlipa a dançar» (O rapaz de bronze), de despertar: «Respirou fundo os perfumes da madrugada e fez uns passos de dança (…) e foi pela floresta fora dançando e dizendo bom dia às coisas» (A fada Oriana).
E, se a dança for de noite, tem um efeito mágico: «E de noite as flores dançam e passeiam» (O rapaz de bronze); inovador: «então Oriana começou a dançar no ar, em pontas dos pés, a “Dança da Noite de Luar da Primavera” – dançava como as flores dançam no vento e os seus braços eram iguais ao correr dos rios» (A fada Oriana) e apaziguador «antes de adormecer olho para a tília e vejo as folhas da tília a dançar» (O rapaz de bronze).
A dança aparece também como uma forma de estabelecer a comunicação entre povos ou pessoas desconhecidas, funcionando como um elemento preconizador de paz: «Então bailando e cantando, os negros vinham ao encontro dos navegadores que, para corresponderem ao bom acolhimento, bailavam e dançavam também à moda da sua terra» (O cavaleiro da Dinamarca); e de confiança «o português, para voltar a estabelecer a confiança, começou a cantar e a dançar» (O cavaleiro da Dinamarca).
Tudo e todos dançam: as crianças, da terra ou do mar: «Então a menina saiu da água, subiu para uma rocha e principiou a dançar» (A menina do mar), «E dançavam e cantavam nas relvas finas» (O cavaleiro da Dinamarca); as flores «As rosas da trepadeira estremeceram e dançaram quando ela chegou» (A fada Oriana); «As flores despediram-se do Rapaz de Bronze e afastaram-se rindo e dançando» (O rapaz de Bronze); as fadas «Oriana ia para os prados dançar com as outras fadas» (A fada Oriana); os animais «Já dança o leão/debaixo da cerejeira/ao som dos tambores» (A árvore); as estátuas «durante a noite ele falava, mexia, caminhava, dançava» (O rapaz de bronze); as ervas «a brisa fazia dançar as ervas» (A fada Oriana); «ervas trémulas dançavam à menor brisa» (A floresta); a água «viu dançar na água um reflexo branco que vinha ao encontro do seu reflexo de oiro» (O rapaz de bronze); «E a água junto dos seus pés ia e vinha e bailava também» (A menina do mar); a fita do cabelo «punha uma fita a dançar no meu vestido» (A fada Oriana); a brisa «A brisa dançava com as ervas dos campos» (A fada Oriana); a chama «o reflexo da chama dançava na sua cara» (A fada Oriana).
Dançam em todo o lado: no fundo do mar «sentam-se todos no fundo do mar e eu danço em frente deles» (A menina do mar); na floresta «Oriana foi pela floresta fora, correndo, dançando e voando, até chegar ao pé do rio» (A fada Oriana); nos jardins «As danças das flores eram extraordinárias, leves e lentas» (O rapaz de bronze); nos prados «Oriana ia para os prados dançar com as outras fadas» (A fada Oriana); no ar «Oriana começou a dançar no ar» (A fada Oriana) ou na cidade «a cidade encheu-se de cantos e danças (…) nas praças dançava-se o vira» (A floresta).
Nos livros de Sophia, as palavras dançam pelas histórias e pelas páginas num pas de deux permanente com a sua autora, a bailarina da terra e do mar.
«E, radiante com a sua ideia, Oriana faz um passo de dança» (A fada Oriana).
Referências bibliográficas:
ANDRESEN, Sophia de Mello Breyner, A árvore, ilustrações de Teresa Olazabal Cabral, Figueirinhas, Porto, 2010
_______________, A menina do mar, ilustrações de Pedro Avelar, Figueirinhas, Porto, 2011
_______________, A fada Oriana, ilustrações de Natividade Corrêa, Figueirinhas, Porto, 2010
_______________, A floresta, ilustrações de teresa Olazabal Cabral, Figueirinhas, Porto,2010
_______________,O cavaleiro da Dinamarca, grafismo de Armando Alves, Figueirinhas, Porto, 1999
_______________, O rapaz de bronze, ilustrações de Fedra Santos, Figueirinhas, Porto, 2010
_______________, Os três reis do oriente, ilustrações de Fedra Santos, Figueirinhas, Porto, 2010
PASSOS, Maria Armanda, “Sophia de Mello Breyner Andresen: “escrevemos poesia para não nos afogarmos no cais” in Jornal de Letras nº26,16 de Fevereiro de 1982, pp.2,3,4,5
SOUSA, Carlos Mendes de, “Sophia e a dança do ser”, in Sophia de Mello Breyner Andresen, Actas do Colóquio Internacional (organização de Maria Andresen Sousa Tavares e Centro Nacional de Cultura), Porto Editora, 2013, pp. 130-138
«Irmão Lobo» é um dos melhores do ano na Colômbia
A Planeta Tangerina reportou há dias que a edição colombiana de Irmão Lobo, de Carla Maia de Almeida, com ilustrações de António Jorge Gonçalves, foi escolhida pela revista cultural Arcadia, daquele país, como um dos melhores livros de 2014. A tradução é de Jerónimo Pizarro. Sem dúvida nenhuma que são muito boas notícias para a literatura infantil e juvenil portuguesa.
Mais informações aqui.
Rita Vilela no Canadá e Luísa Fortes da Cunha na Austrália
As nossas autoras de literatura infantil e juvenil andam pelo mundo a promover a língua portuguesa.
A convite da Coordenação do Ensino Português no Canadá, Rita Vilela desloca-se a Toronto na semana de 8 a 15 de novembro. A escritora estará presente na Toronto International Book Fair, Inspire, no TD Children‘s Stage, no dia 15, às 13h30, e durante a semana, visitará diferentes escolas, numa iniciativa de incentivo à leitura em português. Mais informações aqui.
Luísa Fortes da Cunha encontra-se na Austrália, onde já visitou Sydney, Melbourne e Camberra, para promover o livro e a leitura em língua portuguesa naquele país, numa iniciativa organizada pela Coordenação do Ensino Português na Austrália/Camões I.P. A autora tem relatado a viagem através da sua página de facebook aqui.
1º Encontro de Literatura Infanto-Juvenil da Lusofonia
Em 2015 realiza-se o primeiro encontro da lusofonia dedicado à literatura infantil e juvenil. Este evento é organizado pela Fundação O Século, com o patrocínio da Secretaria de Estado da Cultura e com os apoios da Sociedade Portuguesa de Autores, da Fundação Portuguesa das Comunicações e do Plano Nacional de Leitura. O encontro decorrerá entre os dias 2 e 7 de fevereiro, no espaço da Fundação O Século, em São Pedro do Estoril.
Já está confirmada a presença de diversos autores como António Torrado, Ondjaki, Margarida Fonseca Santos, Carla Maia de Almeida, Isabel Minhós Martins, David Machado, Teresa Calçada, Fernando Pinto do Amaral e Cláudia Marques; os ilustradores André Letria, Catarina Sobral, Danuta Wojciechowska; e os contadores de histórias António Fontinha, Rudolfo Castro, Sónia Gameiro, Maurício Leite (Brasil).
Além de sessões nas escolas, no programa do evento constam já debates com especialistas dedicados a temas como a literatura infantil, a importância da família na educação para a leitura e também sobre a edição e o mercado da literatura infantil e juvenil.
Para saber mais sobre este encontro não deixe de visitar a página oficial aqui.
Margarida Botelho e António Mota nomeados para os prémios ALMA 2015
Foram anunciados ontem na Feira do Livro de Frankfurt os nomeados para o prémio Astrid Lindgren, conhecido como ALMA, e atribuído todos os anos pelo Governo Sueco através do Conselho Nacional da Cultura. São no total 197, de 61 países.
Entre organizações, autores, ilustradores, editoras, dedicados aos livros para a infância e juventude, encontramos dois portugueses – Margarida Botelho, escritora, ilustradora e promotora da leitura, e António Mota, escritor. Neste momento Margarida trabalha em projetos de literacia em Portugal, Moçambique (em parceria com a UNESCO), Brasil, Índia e Timor-Leste. Mais sobre a autora aqui.
Os laureados serão conhecidos a 31 de março de 2015, durante a Feira Internacional do Livro Infantil de Bolonha (Itália). A lista completa dos nomeados encontra-se aqui.
Bertrand publica Prémio Cidade de Almada/Maria Rosa Colaço 2013
Chega às livrarias Todos por Um Risquinho, de Alexandre Honrado, com ilustrações de Joana Rita. Trata-se da obra vencedora do Prémio Cidade de Almada/Maria Rosa Colaço 2013 num ano em que se assinalam os trinta anos de carreira literária de Alexandre Honrado.
Todos por Um Risquinho «é uma história muito divertida que desafia, pelo modo como se conta, e pelo que conta, o imaginário de leitores e ouvidores de pouca idade e que, a um mesmo tempo, sugere grandes potencialidades de trabalho a educadores (escolares e familiares). Aqui um risquinho numa parede parece destinado a confundir e agitar não só uma família como a terra em que ela vive. Um desafio de linguagem. Um desafio ao imaginário.»
Nas livrarias a partir de hoje.
Os adultos não sabem ver como as crianças
Reli recentemente O Guarda da Praia, da autoria de Maria Teresa Maia Gonzalez. Não me lembro que idade tinha quando o li pela primeira vez, mas sei que fiquei com boas memórias. Agora, repesquei-o da prateleira, mas a experiência de leitura não foi de modo nenhum igual.
Este livro é sobre uma escritora, a narradora da história, que arrenda uma casa na praia, durante o verão, para terminar o seu romance. É então que conhece Dunas, um rapaz tão selvagem como o cenário que o rodeia; Dunas é livre, irreverente e muito curioso. Inicialmente, a narradora fica assoberbada com este rapaz, mas à medida que o vai conhecendo, começa a ganhar-lhe carinho e forma-se entre os dois uma bonita amizade.
Em miúda, eu vibrava com a força e a ousadia do Dunas, partilhávamos a idade, os longos meses de verão e as liberdades que só tem quem vive perto da praia. Eu entendia o Dunas. Entretanto cresci e tornei-me adulta, já não sou o Dunas, mas também não me identifiquei com a narradora (que me parece ter bastante menos importância na história do que o nosso pequeno protagonista). Deixei de viver o livro para o ler como uma espetadora externa e isso fez a total diferença na experiência de leitura.
Poderia dizer que, tendo lido agora O Guarda da Praia percebi muitas coisas que não percebi na altura (como por exemplo as complexidades da família disfuncional do Dunas), mas isso não compensa o facto de não ter sentido a magia do livro fluir em mim, como sei que aconteceu da primeira vez que o li. Há livros que são escritos para serem lidos e sentidos apenas pelos mais novos e acho que este é um deles, onde o herói é como eles e onde o mundo se vê através dos olhos de uma criança. Olhos esses que, por vezes, faltam aos adultos…
O Guarda da Praia continua a ser um excelente livro infantil, abordando temas que são fulcrais ainda nos dias de hoje: o respeito pela natureza e o nosso dever de a proteger, os laços familiares que vão para além do sangue e a cumplicidade que nasce das amizades mais bonitas e que não olham a idades. Um livro que me deliciou na infância e que, certamente, continuará a fazer as delícias de muitos jovens!
Leituras no regresso às aulas
Setembro é mês de regressar às aulas, à rotina diária da escola e aos TPC. No meio de tudo, o tempo para a leitura pode ser reduzido e a vontade de pegar nos livros pode ser substituída por outras distrações. Para manter o interesse dos mais novos, os pais podem optar por adequar as leituras à realidade que os seus filhos estão a viver – se em tempo de férias abundam os livros de aventuras, de natureza e liberdade, em tempo de regresso às aulas, os livros cujas histórias se passam no universo escolar podem ser uma boa opção.
Com isto em mente, partilhamos algumas sugestões de livros que farão as delícias dos miúdos e também dos graúdos.
Infantil:
O Primeiro Dia de Escola, de António Mota (Edições Asa)
«É uma viagem ao início de uma etapa singular na vida de qualquer criança. É a entrada para um mundo novo e diferente, com experiências e vivências tão fortes que nunca mais serão esquecidas. Uma história contada por três gerações: netos, pais e avós.»
Anita Vai as Aulas, de Gilbert Delahaye, Marcel Marlier (PI)
«Há cinquenta anos que os livros da Anita fazem parte das prateleiras das casas de todas as crianças portuguesas. Não há Avó que não se lembre da Anita, como não há neta que não deseje ler as histórias desta pequena criança desenhada por Marcel Marlier.»
Ruca Apanha a Camioneta da Escola, de Éric Sévigny, Marilyn Murissi (Edições Asa)
«Todas as manhãs, o Ruca vê a Sara apanhar a camioneta da escola. Ele gostava muito de poder ir também naquela grande camioneta amarela, mas tem de esperar mais uns aninhos até ter idade de ir para escola. A não ser que alguém lhe faça uma surpresa…»
Odeio a Escola!, de Jeanne Willis (Livros Horizonte)
«Era uma vez uma menina que não gostava de aprender. O seu nome era Ana Rita E queria ver a escola a arder. E por que não, se a professora é um sapo feio e a sala um buraco no chão? Quando na cantina lhe dão lesmas e cocó de coelho à refeição? Os amigos não ajudam nada – são na verdade um horror! Se o primeiro ano foi mau, o segundo foi bem pior. Será verdade, ou não? Se for, pobre coitada…»
Juvenil:
Uma Aventura na Escola, de Ana Maria Magalhães, Isabel Alçada (Editorial Caminho)
«A escola foi assaltada logo no princípio do ano. Mas, para grande espanto de todos, os ladrões não levaram nada. Seria uma partida dos alunos? Seria obra de um maluquinho? Puseram-se muitas hipóteses, mas nada se descobriu. Os professores, os empregados e até a polícia tentavam deslindar aquele mistério. Mas quanto mais tentavam maior era a confusão…»
A Rapariga Rebelde: Aventuras na Escola, de Enid Blyton (Oficina do Livro)
«Quem disse que ser rebelde é fácil? Elizabeth é uma miúda bonita, mas muito mimada e egoísta. Quando é obrigada a ir para um colégio interno, decide que vai ser a aluna mais problemática que já alguma vez por lá passou. Só assim poderá ser expulsa e voltar para casa. Mas Elizabeth cedo percebe que ser rebelde não é tão simples como pensava. Aventuras na escola que, afinal, revelam uma rapariga com um grande coração.»
Duarte e Marta – Incêndio na Escola, de Maria Inês Almeida, Joaquim Vieira (Porto Editora)
«Duarte e Marta estão a estudar na biblioteca da escola quando se apercebem de um incêndio junto à entrada da sala. Após várias peripécias, todos os alunos e professores são salvos, mas descobre-se que se tratou de fogo posto.
Como os dois amigos estavam perto do sítio onde o incêndio começou, temem vir a ser considerados suspeitos. Com a ajuda da psicóloga da escola, vão tentar descobrir quem foi o responsável e qual a razão para o ter feito.»
Margarida Muda de Escola, de Maria João Lopo de Carvalho, Margarida Fonseca Santos (Oficina do Livro)
«A Margarida vai para o 5.º ano numa nova escola e, de repente, é lançada num mundo de gente crescida, ou quase… Mas depressa vê ruir todas as expectativas: o recreio é grande demais, os professores são muitos e deixam-na baralhada, não conhece praticamente ninguém. E, para a sexta filha da família Machado, o pior vai ser a troça por parte de certos colegas. Ao longo do 1.º período, a Margarida percebe que odeia a nova escola e que a única hipótese que lhe resta é fugir, preparando uma embrulhada de tal forma tola, que nem ela própria sabe como resolver: zanga-se com a Laurinha, a sua melhor amiga de sempre; a Alice adoece; desaparecem-lhe todas as coisas do cacifo. Tudo acontece à pobre Margarida, que até tem o azar de, num dia especial, ver a sua cabeça habitada não só por pensamentos, mas por uma colónia inteira de piolhos que a obrigam a mudar de planos. No meio de um caso de detetives, a Margarida tem de aprender a viver com um feitiço desconhecido que de repente se vira contra o feiticeiro e a faz perceber o significado da palavra saudade.»
Harry Potter e a Pedra Filosofal, de J. K. Rowling (Editorial Presença)
«Harry Potter é um fenómeno editorial. Harry Potter, o personagem dos livros de J. K. Rowling, não é um herói habitual. É apenas um miúdo magricela, míope e desajeitado com uma estranha cicatriz na testa. Estranha, de facto, porque afinal encerra misteriosos poderes que o distinguem do cinzento mundo dos muggles (os complicados humanos) e que irá fazer dele uma criança especialmente dotada para o universo da magia. Admitido na escola Howgarts onde se formam os mais famosos feiticeiros do mundo, Harry Potter irá viver todas as aventuras que a sua imaginação lhe irá propocionar. Um grande sucesso editorial que os mais jovens adoram e que apetece também aos adultos.»
A oferta é muita e variada, cobrindo quase todas as faixas etárias e incluindo-se, na maior parte das vezes, no Plano Nacional de Leitura. Independentemente da classificação, o que importa é ler, sempre e muito e, acima de tudo, com prazer.
Sophia de Mello Breyner Andresen, dez anos depois
A cerimónia de trasladação dos restos mortais de Sophia de Mello Breyner para o Panteão Nacional decorre hoje, a partir das 16h30. Foi há dez anos que a autora faleceu e nos deixou uma das obras mais prolíficas da literatura portuguesa, nomeadamente na área do infantil.
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