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«A Fonte Misteriosa» celebra 40 anos

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O clássico de Natalie Babbitt sobre uma família que encontra uma fonte da juventude no meio da floresta celebra em 2015 quarenta anos desde que foi publicado. Por cá o livro foi editado em 2003, na coleção «Estrela do Mar», da Editorial Presença. Em 2002 teve uma adaptação ao cinema produzida pela Disney, com Alexis Bledel (Gilmore Girls), William Hurt e Sissy Spacek nos principais papéis.

O livro conta a história de Winnie, de dez anos, que vive sob a vigilância apertada dos pais e quase nunca pode sair de casa. Farta de estar sozinha decide explorar o bosque mesmo em frente à sua casa.  É então que conhece Jess Tuck, um rapaz que aparenta ter dezassete anos, mas na verdade tem cento e quatro. Jess e toda a sua família têm longos anos de vida, graças a uma nascente cuja água tem propriedades mágicas.

Natalie Babbitt é uma autora e ilustradora americana galardoada com o Prémio Hans Christian Andersen, em 1982, entre outros prémios, tendo a sua carreira sido distinguida recentemente com o E.B. White Award.

Daqui.

Jacqueline Wilson publica o 100.º livro

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Jacqueline Wilson é uma das mais prolíficas autoras de literatura juvenil do mundo e em 2014 atingiu um marco importante ao publicar o seu centésimo livro. O título da obra é Opal Plumstead e é sobre uma rapariga de catorze anos, cujo pai é preso, e que para poder sustentar a família se vê obrigada a ir trabalhar para uma fábrica. A história passa-se no início do século XX, nas vésperas da Primeira Guerra Mundial. Opal leva algum tempo a adaptar-se, mas quando parece que se integrou totalmente, a guerra altera para sempre a sua vida.

A capacidade da autora em criar personagens femininas memoráveis, cheias de personalidade, e capazes de superar as dificuldades com imaginação e desenvoltura, conquistou milhões de leitores em todo o mundo e valeu-lhe a atribuição de inúmeros prémios. O seu sítio oficial fica aqui.

Em Portugal, os seus livros são publicados pela Editorial Presença, na coleção O Clube das Amigas.

A notícia é daqui.

«Adivinha quanto eu gosto de ti» faz 20 anos

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A obra de Sam McBratney, Adivinha quanto eu gosto de ti, foi publicada em 1995 e desde então vendeu mais de 28 milhões de cópias em todo o mundo. O autor já tinha escrito outros livros antes desse, mas o Adivinha… conquistou um lugar especial entre os leitores que adoraram a história de um pai e o seu filho e comoveram-se com as ilustrações de Anita Jeram, transformando-o num fenómeno de vendas. Entretanto foi traduzido para mais de cinquenta idiomas. Em Portugal está editado pela Editorial Caminho. «Às vezes, quando gostamos muito, muito de alguém, queremos encontrar uma maneira de descrever como os nossos sentimentos são grandes. Mas como descobrem a Pequena Lebre Castanha e Grande Lebre Castanha, o amor não é coisa fácil de medir!» É assim que o livro nos é apresentado, prometendo bons momentos de leitura e de carinho entre pais e filhos ou avós e netos.

Retirado daqui.

Hoje celebra-se o aniversário do criador de Babar

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A série de televisão passou na RTP entre 1989 e 1991.

Babar, o Rei dos Elefantes, cujos desenhos animados nos lembramos da infância, é resultado da criação de um escritor e ilustrador chamado Jean de Brunhoff (nascido em Paris, a 9 de dezembro de 1899), com base nas histórias inventadas pela sua esposa, Cecile, que as contava aos filhos do casal.  Brunhoff, formado na Acadamie de la Grand Chamiere, em Montparnasse, avançou, expandiu o universo da personagem e escreveu o livro Historie de Babar, le petit éléphant.

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Publicado em 1931, o livro teve sucesso imediato. Brunhoff escreveu mais cinco histórias de Babar antes de falecer em 1937. A tarefa de continuar as histórias do pequeno elefante foi assumida pelo filho Laurent, ilustrando os livros tal como o pai o fazia. Ao todo escreveu mais de cinquenta aventuras. Maurice Sendak descreveu a criação de Brunhoff como uma inspiração para a sua própria arte, pois as suas histórias eram mais do que originais, divertidas e imaginativas, eram como um espelho da preocupação de um pai com o bem-estar dos seus filhos.

Em Portugal os livros do Babar foram publicados pela Plátano Editora, mas encontram-se fora de circulação. A Booksmile tem editado os livros da série Babar e as aventuras de Badou, baseada no programa que passa no canal Panda, e destinada a crianças entre os quatro e os seis anos.

Via CBC.

Bertrand publica Prémio Cidade de Almada/Maria Rosa Colaço 2013

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Chega às livrarias Todos por Um Risquinho, de Alexandre Honrado, com ilustrações de Joana Rita. Trata-se da obra vencedora do Prémio Cidade de Almada/Maria Rosa Colaço 2013 num ano em que se assinalam os trinta anos de carreira literária de Alexandre Honrado.

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Todos por Um Risquinho «é uma história muito divertida que desafia, pelo modo como se conta, e pelo que conta, o imaginário de leitores e ouvidores de pouca idade e que, a um mesmo tempo, sugere grandes potencialidades de trabalho a educadores (escolares e familiares). Aqui um risquinho numa parede parece destinado a confundir e agitar não só uma família como a terra em que ela vive. Um desafio de linguagem. Um desafio ao imaginário.»

Nas livrarias a partir de hoje.

O capítulo perdido de «Charlie e a Fábrica de Chocolate»

 

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Ilustração de Quentin Blake para o livro.

Este ano celebram-se os cinquenta anos da publicação da obra mais popular do autor inglês Roald Dahl, Charlie e a Fábrica de Chocolate. Para além de reedições do livro, também foi recentemente divulgado um capítulo que não chegou a fazer parte da versão final por ser considerado demasiado subversivo para os pequenos leitores.  O capítulo foi encontrado no meio dos papéis do autor após a sua morte e faz parte dos muitos rascunhos da obra. O capítulo (em inglês) pode ser lido aqui.

Nova capa de «Charlie e a Fábrica de Chocolate» gera polémica

por Catarina Araújo

A Penguin revelou recentemente a capa de uma edição comemorativa para adultos da obra de Roald Dahl, Charlie e a Fábrica de Chocolate, gerando uma onda de choque na internet. A capa foi considerada sinistra e demasiado sexual (com ecos de Lolita) para um livro infantil, ainda que a edição fosse direcionada aos adultos.  Alguns autores manifestaram o seu descontentamento no twitter, como Joanne Harris, que questionou a opção de ter edições distintas de clássicos infantis da literatura para crianças e adultos.

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A editora explica que a rapariga da capa não é nem Violet Beauregarde nem Veruca Salt, duas personagens do livro, mas a mera «representação da relação disfuncional entre pais e filhos ilustrada na obra».

A concepção de edições diferentes para crianças e adultos começou com o crescimento da popularidade dos livros de Harry Potter entre os mais crescidos e para que estes não sentissem vergonha de ler um livro para miúdos.

Parece-me compreensível que numa edição para adultos a capa seja mais subversiva, em concordância com os temas subliminares da história de Charlie e a Fábrica de Chocolate. Creio mesmo que a decisão de criar edições diferentes com a faixa etária em vista, pode servir como meio de distinguir perspetivas e de despertar os adultos para outras leituras daquela obra e de outras, pois a tendência é para as minimizarem como meras histórias infantis, sem conteúdo ou contexto. Não obstante, sensibilidade e bom senso são sempre fatores a ter em conta no que diz respeito a clássicos da literatura.

O The Telegraph debate esta questão aqui.

Entretanto, a edição portuguesa, lançada pela Civilização em 2011, apresenta na sua capa as relativamente seguras ilustrações de Quentin Blake.

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150 anos de Alice

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Edição da Penguin UK, com ilustrações de Yayoi Kusama.

No próximo ano celebram-se 150 anos desde que Charles Dodgson, nome verdadeiro de Lewis Carroll, publicou o seu Alice no País das Maravilhas. Mas já se começa a assinalar a data com pequenas mostras do que foi este século e meio, com Alice. Aqui é possível apreciar algumas das milhares de ilustrações produzidas por artistas de todo o mundo, inspirados na história da rapariga que desceu pela toca do coelho.