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Três livros para oferecer no Natal… Jovens leitores

Hoje as sugestões são para jovens a partir dos 14 anos.

O Ódio Que Semeias, Angie Thomas, Editorial Presença


«Starr tem 16 anos e move-se entre dois mundos: o seu bairro periférico e problemático, habitado por negros como ela, e a escola que frequenta numa elegante zona residencial de brancos. O frágil equilíbrio entre estas duas realidades é quebrado quando Starr se torna a única testemunha do disparo fatal de um polícia contra Khalil, o seu melhor amigo. A partir daí, pairam sobre Starr ameaças de morte: tudo o que ela disser acerca do crime que presenciou pode ser usado a seu favor por uns, mas sobretudo como arma por outros. O Ódio que Semeias é um poderoso romance juvenil, inspirado pelo movimento Black Lives Matter e pela luta contra a discriminação e a violência. O livro está a ser adaptado ao cinema e conta com Amandla Stenberg no papel principal.»

Princípio de Karenina, Afonso Cruz, Companhia das Letras


«Um pai que se dirige à filha e lhe conta a sua história, que é a história de ambos, revelando distâncias e aproximando-se por causa disso, numa entrega sincera e emocional. Uma viagem até aos confins do mundo, até ao Vietname e Camboja, até ao território que antigamente se designava como Cochinchina, para encontrar e perceber aquilo que está mais perto de nós, aquilo que nos habita. Um pai que ergue muros de silêncio, uma mãe que faz arco-íris de música, uma criada quase tão velha como o Mundo, um amigo que veste roupas de mulher, uma amante que carrega sabores e perfumes proibidos.
São estas algumas das inesquecíveis personagens que rodeiam este homem que se dirige à filha, que testemunham – ou dificultam – essa procura do amor mais incondicional. Uma busca que nos leva a todos a chegar tão longe, para lá de longe, para nos depararmos connosco, com as nossas relações mais próximas, com os nossos erros, com as nossas paixões, com as nossas dores e, ao somar tudo isto, entre sofrimento e júbilo, encontrar talvez felicidade.»

Becoming: A Minha História, Michelle Obama, Objectiva


«Nas suas memórias, uma obra de reflexão profunda e uma narrativa fascinante, Michelle Obama convida os leitores a entrar no seu mundo, relatando as experiências que a moldaram — desde a infância na zona sul de Chicago, passando pelos anos como executiva, equilibrando as exigências da maternidade e o trabalho, até ao tempo passado no endereço mais famoso do mundo. Com honestidade e inteligência, descreve os seus triunfos e decepções, públicas e privadas, contando a história completa de como viveu, nas suas próprias palavras. Terno, sábio e revelador, BECOMING é um relato íntimo de uma mulher de alma e substância que desafiou constantemente as expectativas – e cuja história nos inspira a fazer o mesmo.»

Três livros para oferecer no Natal… Crianças mais crescidas

Hoje as sugestões são para crianças entre os 10 e os 14 anos.

Enciclopédia do Conhecimento: Corpo Humano, Texto Editores


«EXPLORA o corpo humano e vê por ti próprio como funciona.DESCOBRE porque é que transpirar te salva a vida, como é que o cérebro cria as memórias e porque é que o sangue é vermelho. INVESTIGA o que de mais surpreendente acontece debaixo da tua pele, desde as ações voluntárias a tudo o que nem suspeitas que está a acontecer neste preciso momento. As pormenorizadas representações gráficas dos vários elementos que compõem o corpo humano dão-nos uma perspetiva única do nosso organismo!»

Robot Selvagem, Peter Brown, Fábula


«Conseguirá Roz sobreviver numa ilha selvagem?
Numa ilha selvagem, um grupo de lontras encontra Roz, um robot que lhes parece um monstro brilhante.
No início, Roz luta para sobreviver num ambiente hostil. Mas, com o passar do tempo, adota um ganso bebé que ficou sem família, trava amizade com as lontras e os outros animais, e aprende a língua deles. Até que um dia a ilha é invadida por caçadores de robots?
A incrível história de Roz toca em temas importantes e atuais, como a amizade, a cooperação, o respeito pela diferença, a proteção do meio ambiente e o progresso tecnológico.»

Puto Normal e os Supervilões, Greg James e Chris Smith, Gailivro 


«Nem todos os heróis têm superpoderes.
Não acreditam em nós? Pois bem, o Murph Cooper é a prova disso.
Desde que se tornou o Puto Normal, ele e os Supertotós têm andado a apanhar malfeitores em todo o lado.
Mas a vida destes heróis está prestes a complicar-se… E muito!
Bem longe, numa prisão ultrassecreta, o supervilão mais perigoso e temido do mundo decidiu quebrar um silêncio de trinta anos. E quais foram as suas primeiras palavras?
Tragam-me o Puto Normal!»

Três livros para oferecer no Natal… Crianças que já andam na escola

Hoje as sugestões são para crianças entre os 6 e os 9 anos.

O Coala Que Foi Capaz, Rachel Bright e Jim Field, Editorial Presença


«O Kevin é um coala que gosta de manter tudo na mesma, exatamente na mesma.Mas quando um dia a mudança surge sem ser convidada, o Kevin descobre que a vida pode estar cheia de novidades e ser maravilhosa! Dos criadores de O Leão Que Temos Cá Dentro, esta é uma história bem engraçada para quem acha que a mudança é um bocadinho preocupante.»

Viva a Natureza! A Água,  Booksmile


«A água cobre a maior parte do nosso planeta e é essencial à vida. Porque é a água tão especial?
Explora… como a água dá forma ao nosso planeta e como a usamos no dia a dia.
Investiga… a água e o tempo, fazendo experiências divertidas, como criar uma nuvem dentro de um frasco.
Cria… um pequeno lago no teu jardim para albergares alguns animais.
A coleção Viva a Natureza! incentiva as crianças a interagir com a natureza e a descobrir o mundo à sua volta. Atividades muito acessíveis, que permitem uma aprendizagem prática dos conceitos apresentados. Ilustrações simples e criativas, com explicações muito claras sobre os diferentes temas.»

Uma Família de Portas, Margarida Louro e Joana Gonçalves, Livros Horizonte


«A família de portas habitava numa casa grande e antiga situada mesmo no centro da cidade.
Um dia, começou a correr pela casa um burburinho de que os donos queriam fazer obras muito grandes de remodelação e então as portas começaram a entrar em pânico: Iriam ser substituídas?
Este livro tem o grande objetivo de interagir com grupos de crianças e jovens, levando a temática da arquitetura, do urbanismo e do design a diversas idades e realidades.
No livro, aproveitando o tema da reabilitação de edifícios, abordam-se os conceitos da Arquitetura e do papel do arquiteto na construção da sociedade atual.»

Três livros para oferecer no Natal… Crianças pequenas

O Natal aproxima-se e as decisões sobre o que oferecer às crianças e jovens dividem-se entre brinquedos, roupa e livros. Ao oferecer um livro, estará a oferecer um presente para a vida, que perdurará na memória. Hoje as sugestões são para as crianças mais pequenas entre os 3 e os 5 anos.

O Alfabeto dos Bichos, José Jorge Letria e André Letria, Oficina do Livro


«Através de rimas divertidas, José Jorge Letria dá-nos a conhecer muitos animais, provenientes dos mais diversos meios. As ilustrações de André Letria contribuem para fazer deste livro um objecto de descoberta para além do texto. Um livro que convida a criança a entrar no mundo animal de forma didáctica.»

O Livro dos Pequenos Curiosos, Porto Editora


«Um livro diferente e divertido para as crianças explorarem o mundo que as rodeia da forma que melhor conhecem – através das perguntas. As ilustrações apelativas despertam a curiosidade e a apresentação estratégica das respostas, no fundo de cada página, permite uma rápida consulta, promovendo a autonomia. Um livro com uma abordagem inovadora que pode ser transformado num jogo e proporcionar momentos de muita diversão e aprendizagem com os pais ou com os amigos.»

Terra! Planeta Fantástico, de Stacy McNulty e David Litchfield, Booksmile


«Olá! Eu sou a Terra, mas podes chamar-me Planeta Fantástico!
Já por aqui ando há 4,54 mil milhões de anos. Tenho sete irmãos (o Plutão é a mascote da família), e a minha melhor amiga é a Lua. O que gosto mais de fazer é andar à roda! Ah, e eu nem sempre fui um planeta azul e bonito, como sou agora! Abre este livro, cheio de factos supermegafixes, e eu conto–te tudo. Vem daí!
Livro que explica, de forma clara e acessível, as origens do planeta Terra, incluindo a evolução no sistema solar, com informação científica rigorosa e inovadora, sendo contada na 1.ª pessoa : é a própria Terra quem conta a sua história.»

As escolhas de Natal de… Ana Ramalhete

aquario

 

Aquário de Cynthia Alonso, Editora Orfeu Negro

«Esta é a história de uma menina que vive à beira-rio e que todos os dias se deita no cais, contemplando o movimento dos peixes e da água.
Certo dia, encontra um peixinho vermelho. Logo decide levá-lo para casa e construir-lhe um mundo aquático maravilhoso. Mas, por fim, entende que a amizade, para crescer, deve ser livre como as ondas.»

Quando abrimos este livro mergulhamos numa história sem palavras mas com imagens que falam e nos contam como uma menina passa os seus dias a observar os peixes, a nadar com eles e a sentir-se um pouco como eles. A amizade que trava com um peixe vermelho leva-a a perceber o valor da liberdade e a importância da preservação da individualidade no crescimento da amizade.
Com as ilustrações coloridas de Cynthia Alonso nadamos pelas diversas paisagens e observamos pequenos pormenores que acentuam o amor e a identificação da menina com os habitantes do rio, ora no vestido com peixes vermelhos, ora no gancho do cabelo em forma de peixe, ora no desenho das sobrancelhas ou dos olhos que se assemelham a pequenos peixinhos.

 

A menina dos livros, de Oliver Jeffers e Sam Winston, Editorial Presença

«Uma menina atravessa um mar de palavras para chegar a casa de um menino. Ela convida-o para acompanhá-la numa aventura pelo mundo de histórias onde, com um pouco de imaginação, tudo pode acontecer.

“Desde o início, sabíamos que queríamos criar um conto que celebrasse o nosso amor pela literatura clássica infantil com um toque moderno. Para nós, tratou-se de capturar alguma da magia que acontece quando alguém se perde ao ler uma história intemporal, mas de um modo que os leitores ainda não tinham visto.” Oliver Jeffers e Sam Winston

A Menina dos Livros é uma história com fantásticas ilustrações, vencedora do prestigiado prémio Bologna Ragazzi de 2017.»

Uma história inspirada na literatura clássica infantil. Uma história que nos convida a flutuar e a viajar nas palavras e com as palavras. Uma história que nos dá a mão e nos conduz por mundos mágicos apenas presentes nos livros e na imaginação de cada um. Uma história feita de histórias e com tantas histórias dentro. Uma história que é um lugar onde queremos entrar e permanecer.
As ilustrações acompanham a viagem das palavras, dando-lhes formas variadas conforme o local que percorrem: o mar, um castelo, o céu, a rua, as histórias e criam pequenos apontamentos que nos levam até outros territórios como os de Peter Pan, de Moby Dick ou de Alice no País das Maravilhas, entre outros.

«Eu sou a menina dos livros. Venho de um mundo de histórias. E na minha imaginação eu flutuo.»

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Comprar, comprar, comprar, texto de Luísa Ducla Soares, ilustrações de Sandra Serra, Porto Editora

«O Ruben só pensa em gastar dinheiro e em Comprar, Comprar, Comprar. Nunca está satisfeito com o que tem e quer sempre mais. No dia do seu aniversário, os pais, preocupados com a atitude consumista do filho, dão-lhe um presente muito especial. O Ruben ao receber o presente fica muito desapontado e desconfiado, mas lá o aceita. Dois meses depois, é um rapaz completamente diferente. O que terá acontecido?»

Uma narrativa sobre o consumismo exagerado, as suas consequências e a capacidade de não nos esquecermos de tudo o que de importante podemos ver e fazer para além de vivermos emersos em compras.

 

maquina

Máquina de Jaime Ferraz, Editora Pato Lógico

«Há máquinas para lavar a roupa, máquinas para secar o cabelo e máquinas para cozinhar. Há máquinas que nos prendem horas ao sofá e outras que nos transportam de casa para o trabalho. Num
mundo maquino-dependente, um rapaz recebe do seu avô uma máquina diferente, com o poder de o fazer viajar para mundos fantásticos. Consegues adivinhar que máquina é?»

Com ilustrações a laranja, azul e preto, Máquina é um livro sem palavras, sem sons mas capaz de nos fazer ouvir o ruído das máquinas a trabalharem, dos carros nos engarrafamentos, dos passos apressados das pessoas, dos animais nas florestas. Que poder é esse? Virá de alguma máquina, dessas que usamos todos os dias usamos quase sem darmos por isso, ou será de outro lugar?

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O João e os monstros, texto de António Gouveia, ilustrações de Beatrice Cerocchi, editora Bruaá

«Um dos muitos medos que se pode ter quando anoitece é o dos monstros debaixo da cama. Já vos aconteceu? Neste livro vamos conhecer o João, um menino que sabe que ter medo não faz mal e que por vezes até nos obriga a fazer coisas muito corajosas. Foi o que aconteceu naquela noite, quando ele decidiu enfrentar os monstros que estavam debaixo da sua cama. Uma pequena história sobre a grande coragem do João que, com muito suspense à mistura, nos reserva uma surpresa final que deixará todos com um sorriso, excepto os monstros, claro.»

Na hora de ir dormir há sempre monstros debaixo da cama. Nada como enfrentá-los com coragem para termos uma boa noite de sono, tal como o João fez e as ilustrações nos mostram. Estas não são nada assustadoras, antes pelo contrário, transmitem a calma e a segurança que ajudam a enfrentar qualquer tipo de monstro (ou de medo) e mostram-nos que, por vezes, vemos monstros onde eles não existem, como uma sombra na parede ou os reflexos da luz num candeeiro. Gostámos particularmente dos monstros azuis e do chão quadriculado ou pautado.

As escolhas de Natal de… Alexandra Martins

O Diário de Anne Frank – Diário Gráfico, de Ari Folman, David Polonsky e Anne Frank, Porto Editora

«”12 de junho de 1942: Espero poder confiar-te tudo, como nunca pude confiar em ninguém, e espero que venhas a ser uma grande fonte de conforto e apoio.”

No verão de 1942, com a ocupação nazi da Holanda, Anne Frank e a família são forçados a esconder-se. Durante dois longos anos, vivem com um grupo de outros judeus num pequeno anexo secreto em Amesterdão, temendo diariamente ser descobertos. Anne tinha treze anos quando entrou para o anexo e levou com ela um diário que manteve no decorrer de todo este período, anotando os seus pensamentos mais íntimos, os seus receios e esperanças, e dando conta do dia a dia da vida em reclusão. Em 1947, após o fim da Segunda Guerra Mundial — a que Anne não sobreviveria —, o seu pai publicou este diário, um documento inspirador que é ainda hoje um dos livros mais acarinhados em todo o mundo e uma obra marcante na história do século xx.

Lançada mundialmente em celebração do 70.º aniversário de O Diário de Anne Frank, esta é a sua primeira adaptação para banda desenhada, realizada com a autorização da família e tendo por base os textos originais do diário.»

Todos conhecemos a história de Anne Frank. Mas, este ano, os mais novos (e mais velhos também, que é um livro para todas as idades), vão poder acompanhá-la de uma forma diferente, mais direta e imediata, aliando as imagens desta novela gráfica ao texto que durante décadas tem marcado presença na nossa memória. Fiel à história original, com ilustrações vivas e dinâmicas, que nos permitem ter imediatamente um reconhecimento visual da história, permitindo que as camadas mais jovens da população consigam ter uma experiência mais profunda, ainda que sempre otimista, como era a própria Anne, desta história que, mais do trágica, é tão real. Vale a pena ler pela primeira vez ou então reler, vezes sem conta. E nunca esquecer.

O ódio que semeias, de Angie Thomas, Editorial Presença

«Starr tem 16 anos e move-se entre dois mundos: o seu bairro periférico e problemático, habitado por negros como ela, e a escola que frequenta numa elegante zona residencial de brancos.
O frágil equilíbrio entre estas duas realidades é quebrado quando Starr se torna a única testemunha do disparo fatal de um polícia contra Khalil, o seu melhor amigo.
A partir daí, pairam sobre Starr ameaças de morte: tudo o que ela disser acerca do crime que presenciou pode ser usado a seu favor por uns, mas sobretudo como arma por outros.
Um poderoso romance juvenil, inspirado pelo movimento Black Lives Matter e pela luta contra a discriminação e a violência.»

Continuamos na saga de leituras fortes e que que são mais do que palavras em folhas de papel. No entanto, é impossível não recomendar este livro que, sendo a obra de estreia desta autora, ganhou em duas categorias dos Goodreads Choice Awards de 2017 (Melhor livro de ficção Young-Adult e Melhor autor estreante no Goodreads). Uma leitura extremamente atual, que nos alerta para as questões raciais que vivemos ainda nos dias de hoje e nos pinta cenários que, por mais que gostássemos de pensar que são apenas ficção, são fiéis retratos da realidade.

“Um romance brilhante, impressionante e implacável que ficará para a história como um clássico moderno”, nas palavras de John Green.

Mil vezes adeus, de John Green, Edições Asa

«Não era intenção de Aza, uma jovem de dezasseis anos, investigar o enigmático desaparecimento do bilionário Russell Pickett. Mas estão em jogo uma recompensa de cem mil dólares e a vontade da sua melhor amiga Daisy, que se sente fascinada pelo mistério. Juntas, irão transpor a distância (tão curta, e, no entanto, tão vasta) que as separa de Davis, o filho do desaparecido.
Mas Aza debate-se também com as suas batalhas interiores. Por mais que tente ser uma boa filha, amiga, aluna, e quiçá detetive, tem de lidar diariamente com as suas penosas e asfixiantes «espirais de pensamentos». Como pode ser uma boa amiga se está constantemente a pôr entraves às aventuras que lhe surgem no caminho? Como pode ser uma boa filha se é incapaz de exprimir o que sente à mãe? Como pode ser uma boa namorada se, em vez de desfrutar de um beijo, só consegue pensar nos milhões de bactérias que as suas bocas partilham?
Neste tão aguardado regresso, John Green, autor premiado de A Culpa É Das Estrelas e À Procura de Alaska conta, com dolorosa intensidade, a história de Aza, numa tentativa de partilhar connosco os dramas da doença que o afeta desde a infância. O resultado é um romance brilhante sobre o amor, a resiliência, e o poder da amizade.»

E por falar em John Green, claro que o novo livro dele teria de constar desta lista. Mundialmente esperado, este livro leva-nos diretamente para a cabeça da jovem Aza e para todos os pensamentos que por lá pairam – comportamentos obsessivos-compulsivos, ansiedade, inseguranças… Que o autor capta de forma formidável, revelando-nos uma história profunda e que vai para além da narrativa. No entanto, aqui, as opiniões dividem-se um pouco e se, por um lado, temos o New York Times a dizer que se trata da melhor obra de John Green, por outro, alguns dos seus leitores não se sentiram tão ligados a este livro, sentindo que a história para lá a mente de Aza é algo previsível e, até, enfadonha. Nada como lermos por nós para tirar quaisquer dúvidas, enquanto apreciamos o toque de mestria com que John Green aborda o tema da saúde mental sem vitimizar a heroína da sua história.

O urso e o piano, de David Litchfield, Booksmile

«Um dia, um ursinho encontra na floresta uma coisa estranha…

É grande, parece uma caixa e tem teclas que fazem PLONC!

A partir do momento em que descobre que a coisa estranha produz sons magníficos, ele embarca numa viagem que o leva para longe de casa.

Num piscar de olhos, o urso vai parar a uma terra nova e maravilhosa, onde o ar está repleto de belos sons e onde a fama lhe abre os braços. No entanto, apesar do sucesso alcançado, ele sente falta do que deixou para trás…»

Uma história deliciosa sobre a família, o amor e a importância que eles têm quando partimos em buscar dos nossos sonhos. Este livro dá-nos a conhecer a aventura do pequeno urso que descobriu um piano e embarcou numa aventura que o levou para outras paisagens. Mas quando as saudades apertam, o urso terá de fazer algumas escolhas difíceis, percebendo o que é verdadeiramente importante para si. Ilustrado com muita mestria pelo próprio autor, que mistura as ilustrações e o texto num equilíbrio perfeito para captar a essência da história e inundar-nos com emoções, é um conto que tanto agradará a miúdos como a graúdos e é o presente ideal para oferecer nesta festa que é a da família.

A tartaruga Celeste e o menino que chorava música, de Sofia Fraga, ilustrações de Paulo Galindro, Minotauro

«De tempos a tempos, uma estrela cai do céu e vem cair na Terra; de tempos a tempos, uma tartaruga vem ao mundo sem a casa às costas e, de tempos a tempos, nasce uma criança que em vez de chorar canta. Tudo isto de tempos a tempos, mas e se, como que comandados por uma mão invisível, todos estes improváveis acontecessem exactamente à mesma hora, no mesmo minuto, ao bater da última badalada do relógio… ora aí estaria uma história que mereceria ser contada!»

E por falar em livros mágicos e imperdíveis, terminamos esta ronda de sugestões com uma história belíssima, cheia de amor e de ternura em cada palavra e em cada traço da ilustração. Esta é a história da tartaruga Celeste, que nasceu sem carapaça, e do Pedro, o menino que chorava música. Nascidos na mesma noite, diferentes de todos os outros desde sempre e únicos à sua maneira, o destino da Celeste e do Pedro é encontrarem-se e tornarem-se amigos improváveis, neste mundo que olha com estranheza os casos insólitos da vida. Uma história de amizade, amor-próprio e aceitação, que cativará a família inteira.

As escolhas de Natal de… Sofia Pereira

O Natal está a chegar e cresce a ansiedade de encontrar um presente no sapatinho. A Fábulas é uma devoradora de livros. De todos os tamanhos e formas. Grandes, pequenos, com letras e ilustrações, só com ilustrações ou apenas com texto. E, nesta quadra festiva, sugere-te livros para explorares o ano que se avizinha, no quentinho da lareira.

Natal!, texto de Tracey Corderoy, ilustrações de Tim Warnes, Minutos de Leitura

«O Natal está a chegar. O Rodrigo nunca esteve tão entusiasmado! E ideias não lhe faltam: ele quer tornar este o melhor Natal de sempre….

Oh, oh! Cuidado!»

Por que razão? O Natal é uma época de grande euforia para todos, sobretudo para os mais novos. Esta é a história de Rodrigo, um menino como tantos outros, que fica entusiasmado com a noite de Natal e contagia os pequenos leitores com as suas brilhantes ideias para tornar este um dia único e especial.

Oh! Um Livro com Sons, de Hervé Tullet, Editorial Presença

«Depois de “Mistura as Cores” e “Vamos Jogar?”, Hervé Tullet volta com mais um extraordinário livro que nos leva ao mundo das cores e da imaginação. Mas este é um livro sonoro! Carregas com o dedo na página e… és tu que fazes os sons! Para além de estimular a imaginação, eis um livro perspicaz e divertido que promove o desenvolvimento das capacidades psicomotoras e aumenta a atenção e a criatividade.»

Livro-interativo, para quê? Os momentos em família, além de serem fundamentais no crescimento e desenvolvimento das crianças, podem constituir importantes momentos de brincadeiras e aventuras. Num ambiente lúdico, a família poderá explorar este livro que estimula, através do jogo de sons, a imaginação, a criatividade e atenção da criança.

 

O Gigante Secreto do Avô, de David Litchfield, tradução de Luísa Costa Gomes, Booksmile

«Autor vencedor do prémio Melhor Livro Ilustrado da Waterstones. Quando o avô lhe diz que existe um gigante escondido na sua cidade, que ajuda toda a gente em segredo, o Billy não acredita. Por isso, decide procurá-lo. Mas quando finalmente o vê com os seus próprios olhos, ele fica aterrorizado! O que o Billy não sabe é que aquele enorme e assustador gigante está prestes a ensinar-lhe uma importante lição… Divertida e ternurenta, esta é uma história GIGANTE sobre a amizade e a aceitação da diferença, que não vai deixar ficar ninguém indiferente.»

Porquê? Os livros são um bom instrumento para transmitir valores, como o Amor, a Amizade, o Respeito, a Tolerância, a Verdade, a Entreajuda, entre outros. Mais do que uma festa, o Natal é uma (re)união da família e dos amigos e a leitura desta história, num ambiente saudável e harmonioso, pode ajudar a cultivar este sentimento muito nobre logo desde tenra idade.

Para lá do Inverno, de Isabel Allende, Porto Editora

«Isabel Allende parte da célebre frase de Albert Camus para nos apresentar um conjunto de personagens próprios da América contemporânea que se encontram «no mais profundo inverno das suas vidas»: uma mulher chilena, uma jovem imigrante ilegal guatemalteca e um cauteloso professor universitário. Os três sobrevivem a uma terrível tempestade de neve que se abate sobre Nova Iorque e acabam por perceber que para lá do inverno há espaço para o amor e para o verão invencível que a vida nos oferece quando menos se espera. “Para lá do Inverno” é um dos romances mais pessoais da autora: uma obra absolutamente atual que aborda a realidade da migração e a identidade da América de hoje através de personagens que encontram a esperança no amor e nas segundas oportunidades.»

Ler, porque sim! Pela apaixonante história que prende a nossa atenção e cativa até ao desfecho, sugiro que não deixem de ler este magnífico romance.

Reaccionário com Dois Cês – Rabugices Sobre os Novos Puritanos e Outros Agelastas, de Ricardo Araújo Pereira, Tinta da China

«Depois de mais de 40 mil exemplares de “A Doença, o Sofrimento e a Morte Entram Num Bar”, chega o novo livro de Ricardo Araújo Pereira. Quem já o leu, já o ouviu na rádio ou já o viu na televisão (e é difícil que uma das três coisas ainda não tenha acontecido a alguém em Portugal) sabe que uma das grandes causas de Ricardo Araújo Pereira é a liberdade de expressão. “Reaccionário com Dois Cês” é sobre isso, mas é também sobre portugalidade, vitórias no Euro, propriazinhas (ou selfies), língua portuguesa, Shakespeare, os justiceiros das redes sociais, a vagina de Marine Le Pen e outras rabugices, num livro que se divide em quatro capítulos: – Comente o seguinte País – Admirável Facebook novo – Então mas o que é isto? – Assim como nós não perdoamos a quem nos tenha ofendido.»

Vale a pena ler? Óbvio que sim! Um livro recheado de bom humor, de ironia, de boa disposição, de irreverência e de inteligência, que nos fala da realidade do país e do mundo.

As escolhas de Natal de… Ana Ramalhete

Em Dezembro, cartas e desejos.

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Uma última carta, texto de Antonis Papatheodoulou, ilustrações de Iris Samartz, Kalandraka

«Aquele era o último dia de trabalho do senhor Costas. O último dia como único carteiro de toda a ilha. Era uma época em que não havia telefone, nem correio electrónico, e em que todas as notícias viajavam a pé…»

Uma história importante para explicar ( ou lembrar), às crianças, o papel fundamental que os carteiros e os correios desempenhavam quando ainda não existiam as novas tecnologias; e para reafirmar como ainda é bom escrever e receber cartas em papel, escritas à mão, ou não.

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Cartas de uma mãe à sua filha, Sara Monteiro, Caminho

«Quando Luisinha, com 15 anos, sai de casa da mãe para ir estudar inglês em Inglaterra, esta começa a ser invadida pelos mais estranhos seres: sereias, fadas, bruxas, 1 Pai Natal, 1 fantasma e 1 gnomo (não necessariamente por esta ordem), que a mãe cordialmente recebe e se prontifica a alimentar, dando origem a uma imparável aventura que a leva de casa para a floresta – lugar onde tudo o que existe se mexe e opina (desde folhas e formigas até àspedras mais duras) – e de novo para casa, onde finalmente irá tomar uma decisão radical. Estas cartas, que se prolongam no tempo, são o relato pormenorizado dessas peripécias.»

Quando as pessoas que nos são queridas estão longe, criamos estratégias para encurtar a distância e utilizamos as palavras como pontes que nos levam até ao outro. As cartas que a mãe de Luisinha lhe escreve, narrando as suas aventuras em lugares magicos e com uns seres supostamente amigos da filha, transpotam-na para junto da filha e integram-na num universo comum.

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Diógenes, texto de Pablo Albo, ilustrações de Pablo Auladell, Kalandraka

«Diógenes tem um hobby: colecionar coisas. Que tipo de coisas? Todas. Encontra-as, apanha-as e leva-as para casa. Acontece que Diógenes vive com os pais, com a irmã, com o irmão mais novo e com os avós, e todos eles coleccionam coisas:todo o género de coisas. Não podem imaginar quão cheia está aquela casa. E como se isso não bastasse, Diógenes tem um tio solteiro que também é colecionista e que os visita frequentemente com a sua colecão de… cartas de amor.»

Uma história terna e deliciosa que se inspirou na síndrome de Diógenes para descrever uma família de coleccionadores compulsivos. Um «vício de amealhar coisas» que «já vem de longe», como nos explica Diógenes, o protagonista e narrador.

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Três desejos, texto de Eva Mejuto, ilustrações de Gabriel Pacheco, tradução de Dora Batalim Sottomayor, OQO Editora

«Sonhar em noites de Lua, traz fortuna. Podeis pedir três desejos., dizia o misterioso papel que desceu pela chaminé de um casal de velhinhos enquanto passavam o tempo a assar um naco de pão ao lume. Dentes de ouro, roupas elegantes, um palácio de diamantes… eÉ difícil escolher, e a velhinha achou que com um chouriço no pão pensaria muito melhor. De repente… zás! Apareceu-lhe o chouriço. Tinha gasto o seu primeiro desejo! Quantos onhos cabem em três desejos!»

Um conto adaptado da tradição oral portuguesa, que se debruça sobre a importância de mantermos a capacidade de sonhar, condição necessária para conseguirmos concretizar os desejos que nos trazem mais felicidade.

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O livro dos desejos, texto de Virgílio Alberto Vieira, ilustrações de Cristina Robalo, Caminho

«Sob o céu alto, e fundo, da infância que acorda dos desejos, de margem a margem, tensa, o sonho unia, descalço, sobre o abismo, um menino a medo caminhava. De olhos fechados, um equilibrio de vara forçava contra o peito. A seu lado, pé ante pé, seguia um anjo. Parado em terra, um cavalinho cego espera em silêncio a cor mansa do dia. Em que país há-de nascer esse desejo do poeta que nas palavras do mundo acaba e principia?»

Um livro de poemas marcados pelas rimas, pelo jogo sonoro das palavras, pelo humor, pela imaginação narrativa e pela sátira a algumas figuras típicas do mundo do poder, em contraponto a outras em que a beleza, a natureza e o amor se elevam e nos seduzem pela ternura das suas expressões.

As escolhas de Natal de… Sofia Castanheira

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Todos Eles Viram um Gato, Brendan Wenzel, Edicare

«Quando vês um gato, o que vês? Nesta gloriosa ode à observação, à curiosidade e à imaginação, BrendanWenzel mostra-nos as várias vidas de um gato, e como ele muda dependendo de quem o vê… Um livro magnífico e surpreendente que nos faz refletir sobre as diversas formas de observar e sentir o mundo.»

Um livro que mostra como é importante colocarmo-nos no lugar dos outros e ver o mundo de diferentes perspetivas.

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Os Dinossauros não vão para a Cama!, Timothy Knapman, Edicare

«Ao fim do dia, todos nos sentimos cansados. Lavamos os dentes, vestimos o pijama e acabamos por ir para a cama… ATÉ os dinossauros! A mãe tenta que o seu filho, muito activo e maluquinho por dinossauros, se prepare para ir para a cama. Mas ele encontra sempre um magnífico dino-motivo para tentar escapar-se! Afinal, se os dinossauros não têm de comer todo o jantar, tomar banho ou lavar os dentes, porque haverá ele de o ter de fazer? Com a hora de deitar a aproximar-se, ele vai-se perdendo cada vez mais no seu mundo imaginativo. Será que a mãe conseguirá que ele feche sequer os olhos?»

Os pais vão reconhecer a história e os filhos mais pequenos vão divertir-se com as tropelias do dinossauro para não ir para a cama. Um livro cheio de cor, perfeito para leitura em conjunto.

9789898205162

Um Bicho Estranho, Mon Daporta e Óscar Villán (Ilustrador), Kalandraka

«Livro de pequeno formato que segue a fórmula dos chamados “contos sem fim”. Um conto para contar, onde a rima e o ritmo são fundamentais, a partir de uma estrutura de oito sílabas que se mantém ao longo de toda a história. Apesar da sua simplicidade do ponto de vista literário e artístico, este livro destaca-se pelo “jogo” que estabelece com as crianças, crianças essas que, por seu intermédio, podem assim descobrir a função lúdica da leitura. E isso porque ao girar o livro e dando a volta à história…»

Um livro diferente que desperta para outras facetas da leitura.

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Natalossauro: O Dinossauro que Salvou o Natal, Tom Fletcher, Nuvem de Letras

«Um menino especial e um dinossauro vivem a história mais fantástica deste Natal! O Natalossauro é um livro sobre amizade, família, sinos, o Pai Natal, duendes cantores, renas voadoras, música e magia. É sobre a descoberta dos desejos mais secretos e aprender que o impossível pode tornar-se possível…»

Uma história ternurenta e divertida, mágica para esta época.

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Um Rapaz Chamado Natal, Matt Haig, Booksmile

«Um Rapaz Chamado Natal é um livro repleto de magia, perfeito para miúdos e graúdos. Nesta viagem, que tem início na infância pobre e simples do pequeno Nicolau, o autor vai desvendando a verdadeira história do Pai Natal e surpreendendo o leitor com descrições fantásticas e completamente inesperadas. Um livro encantador, divertido e emocionante, com ilustrações sublimes. Uma jornada imperdível onde não faltam elfos, neve, renas, fadas e muitos pozinhos mágicos, capazes de transformar a tristeza em alegria e os “impossíveis” em amor. Sem dúvida, um novo clássico de Natal!»

Presente em diversas listas de melhores livros infantojuvenis do ano, este livro de Matt Haig traz-nos uma história que reinventa a magia do Natal e fará muitos leitores, pequenos e graúdos, sonhar.

As escolhas de Natal de… Alexandra Martins

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Fantastic Beasts and Where to Find Them: The Original Screenplay, de J. K. Rowling, Little, Brown Book Group 

«Quando o magizoologista Newt Scamander chega a Nova Iorque, pretendia que a sua estadia fosse curta. No entanto, quando a sua mala mágica é trocada e algumas das criaturas mágicas de Newt conseguem escapar, os problemas começam para toda a gente…

Inspirado no manual escolar de Hogwarts, escrito por Newt Scamander, Fantastic Beasts and Where to Find Them: The Original screenplay marca a estreia de J.K. Rowling como guionista. Uma combinação brilhante entre a imaginação e um elenco inesquecível de personagens e de criaturas mágicas, esta épica aventura é do melhor. Quer se seja um fã de longa data ou novo no mundo da feitiçaria, este livro é a adição perfeita para qualquer amante do filme ou para a estante de um leitor.»

Com o filme das salas de cinema, é impossível não começar a lista com esta sugestão. Apesar de ainda não haver previsões para uma edição em português, o facto de ser um guião, bem como a utilização de uma linguagem acessível a todos, permite que a leitura seja pacífica e, em complementaridade com o filme, se torne num momento de grande diversão. Como a própria sinopse refere, trata-se da prenda ideal para os fãs do universo mágico criado por J.K. Rowling, tanto os que preferem os livros, como os que preferem os filmes.

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Gregor – A Terceira Profecia, de Suzanne Collins, Editorial Presença

«Depois de cumpridas as duas primeiras profecias, Gregor enfrenta agora a Profecia de Sangue, que prevê que ele e Boots regressem à Subterra. Aí terão de encontrar a cura para um surto de peste que assola as criaturas de sangue quente. A mãe deixa-os ir… com a condição de os acompanhar. Quando chegam a Regalia, a peste está a espalhar-se e um dos membros da família de Gregor é atingido. Só então Gregor percebe qual o papel a desempenhar na profecia. Terá de reunir todas as forças para concluir a missão, ou será o fim dos Subterrestres de sangue quente.»

Já por duas ou três vezes falámos aqui no Fábulas do Gregor, um rapaz perfeitamente normal e monótono, que vê a sua vida dar uma volta gigante quando a irmã bebé cai por uma conduta e vai parar à Subterra. Gregor vai atrás dela e descobre todo um novo mundo, mesmo por debaixo das ruas de Nova Iorque. O pior é que há uma série de profecias que dizem que apenas Gregor pode salvar os habitantes da Subterra, profecias que anunciam desafios que ele tem de vencer, sendo que cada um é mais difícil do que o anterior. Partimos agora para o terceiro livro desta saga que tão bem retrata temas como a amizade, a lealdade, a coragem e o amor da família.

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A Ilha do Chifre de Ouro, de Álvaro Magalhães, Edições Asa

 «Basta duvidar do que os nossos olhos veem para se chegar ao lado desconhecido da cidade, que ninguém vê. E aí começa sempre uma história como esta, que levará um rapaz e uma rapariga até à ilha em forma de chifre que não vem em mapa nenhum.

Publicada originalmente em 1998, A Ilha do Chifre de Ouro alia a qualidade e notoriedade do autor à novidade de esta ser a sua primeira novela juvenil fora da série Triângulo Jota. A ação desenrola-se em torno de um pacato distribuidor de pizas e de uma misteriosa rapariga ruiva que de repente se veem no outro lado da cidade do Porto e que acabam por chegar a uma ilha em forma de chifre que não vem em mapa nenhum – a Ilha do Chifre de Ouro! Uma aventura empolgante e enternecedora, a confirmar as (re)conhecidas qualidades literárias de Álvaro Magalhães.»

Li A Ilha do Chifre de Ouro, agora reeditado pela ASA, quando estava a entrar na adolescência. Foi uma leitura fantástica, a juntar a magia da escrita de Álvaro Magalhães, que já me deliciava com as aventuras do Jorge, da Joana e do Joel do Triângulo Jota, uma história de amor para fazer suspirar as meninas e muita aventura para entusiasmar os meninos. Um livro que encanta miúdos e graúdos e que nos transporta para uma ilha mágica, que fica ali «do outro lado da cidade», um lado que só se vê se acreditarmos com muita força na magia e no nosso coração.

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O Código da Vinci – edição juvenil, de Dan Brown, Bertrand Editora

«O best-seller de Dan Brown está agora disponível numa adaptação da obra feita a pensar numa nova geração de leitores mais novos. A estrutura base do romance mantém-se inalterada na condução dos leitores desde Paris até Londres, passando por alguns dos seus lugares mais emblemáticos, numa alucinante corrida contra o tempo. A edição inclui mais de vinte fotos coloridas que mostram os locais e as obras de arte mais marcantes na narrativa. A maior conspiração dos últimos dois mil anos está prestes a ser revelada a uma nova geração.

Robert Langdon, professor de simbologia da Universidade de Harvard, está em Paris para dar uma palestra. Na receção que se segue deve encontrar-se com um respeitado curador do mundialmente famoso Museu do Louvre. Mas o curador nunca aparece e mais tarde, durante a noite, Langdon é acordado pelas autoridades é informado que o curador foi encontrado morto. De seguida, é conduzido ao Louvre, à cena do crime, e descobre pistas desconcertantes. Este é o ponto de partida para uma corrida contra o tempo, no decorrer da qual Robert Langdon, auxiliado pela criptologista francesa Sophie Neveu, procura decifrar um conjunto de pistas especificamente deixadas para sua interpretação. Se Robert e Sophie não conseguirem resolver o quebra-cabeças a tempo, serão confrontados com um trágico destino.»

Não vale a pena alongarmo-nos a falar d’O Código da Vinci, essa famosa história que saltou da imaginação de Dan Brown para as páginas do livro, para as telas de cinema e para o imaginário de todos nós. É um livro cheio de ação, emoção e um ritmo alucinante que nos impede de pousar o livro com medo de que, enquanto não estamos a olhar, aconteça algo às personagens a quem nos afeiçoámos. Mas é também, claramente, um livro complexo, cheio de peripécias e de pormenores e de histórias dentro da própria história. Este Natal, a Bertrand Editora traz-nos uma versão mais simplificada d’O Código da Vinci, sem lhe tirar nenhum do seu valor, para que as mentes mais jovens se possam também apaixonar por esta história ímpar e entrar nesta aventura inesquecível de Robert Langdon.

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Onde estás, Audrey?, de Sophie Kinsella, Porto Editora

«Audrey é uma adolescente cheia de vida, igual a tantas outras. Com 14 anos, estuda, discute com os irmãos, sonha muito e confia cegamente nas amigas. Até ao dia em que essa confiança é destruída… Vê-se obrigada a deixar a escola. Sente-se incapaz de sair casa. E esconde-se irreversivelmente atrás de um par de óculos de sol. Então, conhece Linus, um rapaz de sorriso simpático e comentários divertidos, que parece ser o raio de sol de que Audrey precisava.

E a jovem acaba por descobrir que, mesmo quando pensamos que estamos perdidos, o amor consegue sempre encontrar-nos…»

Este é o primeiro livro de Sophie Kinsella na categoria de Young Adult e aborda temas como o bullying, as consequências do mesmo, os problemas pelos quais as vítimas e as famílias destas passam (depressão, ansiedade, ataques de pânico). Sophie Kinsella apresenta-nos Audrey e os seus dramas de uma forma muito natural, com uma escrita muito suave e madura, que nos leva a compreender sem precisar de estar lá escrito, que nos leva a sentir empatia sem sentir pena. A Audrey quer apenas ser a normal adolescente de 14 anos, mas aos poucos, com a sua família de loucos que nos faz gargalhar e com a presença de Linus que nos faz sorrir, ela vai acabar por perceber que a normalidade é diferente para cada pessoa e que todos os problemas conseguem ser superados com a ajuda da família, da amizade e do amor…